Uma das teorias importantes da ciência econômica é a chamada teoria do consumidor. Ela é uma das teorias que formam o tripé da microeconomia, juntamente com a teoria da firma e a teoria do mercado. Segundo esta teoria, o objetivo do consumidor seria “maximizar sua utilidade sujeita a uma restrição orçamentária”, trocando em miúdos seria alcançar o máximo de satisfação possível sem extrapolar o limite de sua renda. Com o avanço das operações financeiras esta renda não se limitaria apenas ao dinheiro recebido pelo consumidor por conta de sua atividade profissional, pois há o aditivo do crédito, mas é exatamente neste ponto que o “caldo pode entornar”.
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Muitas vezes a primeira parte do objetivo (satisfação máxima) se sobrepõe a todo o resto e o consumidor movido por um impulso, que para alguns chega a ser incontrolável, acaba se endividando além da sua capacidade de pagamento, gerando assim um problema que se não percebido com rapidez pode fazer com que a situação financeira do consumidor fique conturbada por muito tempo.
Isso acontece porque a dívida vai se sobrepondo a outros compromissos financeiros assumidos anteriormente e quando o consumidor percebe ele já não consegue mais sair desta situação, é a popular “bola de neve”. Para exemplificar esse impacto, se o consumidor deixa de pagar uma dívida no cartão de crédito de R$100,00, em seis meses ela se transformaria em R$208,52, caso esse prazo seja ampliado para um ano, a dívida salta para R$ 434,83. Esses valores foram calculados com base na taxa média de juros do cartão de crédito, ou seja, a depender do cartão a dívida pode ser maior.
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Exatamente por conta deste risco é preciso que o consumidor tenha em mente que, como diz a teoria, a satisfação sofre uma restrição por conta do orçamento do indivíduo. Portanto, ao decidir por uma compra é preciso que o consumidor tenha claro o impacto deste gasto em seu orçamento e a importância do controle sobre as outras despesas esporádicas.
O controle do orçamento é algo absolutamente comum no mundo coorporativo, já que dificilmente uma empresa conseguiria alcançar bons resultados em um mercado competitivo sem essa ferramenta. É realmente uma pena que no plano pessoal este controle não seja tão natural, apesar do crescimento nos últimos anos por conta de uma maior conscientização financeira dos brasileiros e também por uma mãozinha da tecnologia, pois existem diversos aplicativos com esta função hoje em dia.
A educação financeira é um importante aliado para o desenvolvimento de uma nação, no Brasil, apesar da melhora nos últimos anos, ainda ficamos devendo nesta matéria, mas isso é assunto para uma outra oportunidade.