Sempre que posso, participo de palestras sobre os mais variados temas, principalmente ligados à comunicação e à educação, minhas áreas de atuação. Em um desses encontros, ouvi do palestrante que a forma de educarcomeça pelo nosso exemplo, e para darmos exemplo precisamos nos conhecer. A fala parece comum e de conhecimento geral, entretanto, fica a reflexão: será que nosconhecemos o suficiente para termos consciência do exemploque estamos dando para as pessoas que nos cercam? São nas relações interpessoais que, muitas vezes, nos posicionamos como vítimas e, em outras, como algoz, e é na relação com o outro que realmente nos conhecemos, afinal, as pessoas com as quais convivemos podem despertar o que de melhor e pior há em nós.
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Devemos nos questionar sempre: para que serve a vida? E pensamos rapidamente na resposta mais apropriada, afinal, ninguém quer demonstrar que não sabe responder a uma pergunta tão básica. Mas, verdadeiramente, não sabemos. Como bem falou o ministrante da palestra que há pouco citei, “a vida serve para manter a vida”. Que resposta interessante! E começamos a pensar em tudo que fazemos durante o dia, a semana, o mês e o ano. Realmente, a maioria das nossas ações é para manter a vida, ou seja, bebemos água, nos alimentamos, fazemos exercícios, vamos ao médico, apenas para citar alguns exemplos. Trabalhamos para ganhar os recursos que nos permitem ter uma casa para abrigo do frio, do calor, das intempéries do tempo. Também buscamos manter relacionamentos de amor e amizade para alimentarmos o nosso espírito e mantermos viva a nossa alma, ou a nossa essência, como preferirem.
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O homem, através do trabalho, dá significado à vida e quando não encontramos significado no trabalho, perdemos o entusiasmo, o viço. Contudo, é importante sabermos administrar o nosso tempo entre o trabalho e a vida pessoal, para não sobrecarregarmos um aspecto da nossa vida em detrimento de outro, e acabarmos num beco sem saída. O trabalho é a nossa identidade e é através dele que a maioria das pessoas irá nos reconhecer. Por isso, é tão importante saber se me identifico com o meu trabalho. E, mais importante ainda, se o meu trabalho me identifica. Sabemos que trabalhar gera status social, mas não podemos viver em função disso. Temos que ter consciência de qual o verdadeiro significado do trabalho na nossa vida. Não deve ser apenas o retorno financeiro, afinal, tempo não é dinheiro. Isso mesmo! Tempo é o que escolhemos para nossa vida. E termos uma vida em equilíbrio é fundamental para sermos verdadeiramente realizados e, quem sabe, até felizes.
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