Diante das recentes discussões acerca do fechamento de estabelecimentos comerciais em Balneário Camboriú, sinto-me na obrigação de contribuir para ajudar a entender melhor o que realmente está acontecendo. O fechamento de uma empresa é um momento delicado para qualquer empresário e pode fazer com que ele desista de ter o próprio negócio. Parte do equívoco está no motivo da abertura da empresa. Muitos não empreendem porque enxergam uma oportunidade, mas porque veem como única alternativa. Especificamente no caso de Balneário Camboriú, é preciso fazer uma avaliação criteriosa do mercado antes de considerar que a cidade é um eldorado, tendo como base apenas o fluxo turístico do verão. Boa parte do fechamento está ligada ao alto custo dos aluguéis, que, mesmo em tempos de crise, se mantêm elevados e não são dimensionados corretamente na hora de desenvolver um plano de negócio.

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Como resultado, há placas de aluga-se ou vendese em diferentes pontos da cidade. Claro que seria injusto afirmar que apenas o custo do aluguel está afugentando o setor, sem considerar o impacto da elevada carga tributária. De maneira geral, o reflexo negativo sobre a economia está associado também ao peso morto dos impostos. Quanto maior a carga, mais elevado será o número de trocas que deixarão de ser realizadas na economia e maior será o impacto negativo sobre o crescimento de longo prazo. Vivemos os efeitos da crise e entendo que os proprietários devem valorizar seus imóveis da forma como quiserem, mas tem de existir o bom senso. Quantos são os comerciantes que podem pagar aluguel de R$ 20 mil por mês?

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É preciso ter otimismo, mas também buscar alternativas, como negociar o custo do aluguel e reduzir consumo de despesas fixas, para que o comércio se mantenha competitivo. A queda nas vendas e na margem de lucro faz com que seja necessário ampliar a discussão sobre o valor das locações, sob pena de registrarmos um verdadeiro êxodo do comércio, ajudando a agravar os problemas sociais da região.

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