Artigo: A parte que nos cabe

Estamos próximosde mais um processo eleitoral, agora para a escolha de prefeitos e vereadores. É um processo que ocorre no meio de uma grave crise política em nosso país. Afastamento de uma presidente eleita pelo povo, denúncias graves contra políticos e administradores públicos em todas as esferas, cassações em curso de mandatos de políticos de grande influência nacional, enfim, situações jamais imaginadas na magnitude que hoje se apresentam. Temos nossa parte no cenário escuro da política nacional. Somos nós que, repetindoerros, não estamos dando a devida atenção ao escolher nossos governantes, desprezando análise muito simples acerca do comportamento daqueles que nos firmam compromissos de serem os nossos representantes.

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É preciso ter em mente que nossos escolhidos irão elaborar e executar as leis que interferem na vida de todos e que decidirão nosso futuro. Portanto, a escolha não pode ser feita apenas a partir do critério de simpatia, mas considerando o passado do candidato, propostas e ideias. Porém, é exatamente nesse ponto que se tem errado, pois, se são escolhidos como nossos representantes, como podem servir justamente ao contrário? Como podemos, então, insistir no erro e, por vezes, mantê-los no mesmo cargo no qual não nos representam?

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Simples de responder, pois quando o cidadão se dispõe a trocar o voto por um presente, por uma promessa de vantagem futura, se está autorizando que estas pessoas façam o que bem entenderem, não podendo deles nada exigir, pois o voto já foi trocado. Também não se pode esquecer que as condutas acima descritas, antes de serem moralmente reprováveis, se tratam de crimes previstos no Código Eleitoral. A consciência no votar é fundamental para uma sociedade melhor e mais justa, e isso está em nossas mãos. É chegada a hora de aprendermos com os erros do passado, bem demonstrados com a situação política que vive o país, e mudarmos a nossa história.

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