Quando segurar-se nas argolas para a prova de qualificação do Mundial de Bélgica, nesta terça-feira, às 6h15 (de Brasília), Arthur Zanetti terá um peso a mais para carregar do que apenas o do próprio corpo. Campeão olímpico da prova em Londres, o brasileiro participa do primeiro torneio deste calibre com o holofote todo voltado para si.
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Mas engana-se quem pensa que Zanetti se intimida com o rótulo de estrela. A cobrança maior parte dele mesmo, diz. Uma exigência que chega a ser maior do que a do seu próprio técnico, Marcos Goto.
– A cobrança que existe é muito mais de minha parte do que por parte do meu técnico. Depois da Olimpíada, a cobrança dele é mais tranquila. Mas quero seguir com meus grandes resultados. Não sinto mais pressão. Vou encarar o Mundial da mesma maneira que encarei a Olimpíada – disse.
Para aperfeiçoar a performance que lhe rendeu o ouro olímpico, o ginasta aposta na criação de um novo elemento para a sua série. Batizado de “Zanetti”, o movimento foi classificado com nota máxima pela Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Outro ponto que conta a seu favor é a ausência do chinês Yibing Chen, quatro vezes medalhista em Mundiais na prova, e que não competirá no torneio na Antuérpia.
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Ao lado dos Jogos Pan-Americanos, o Mundial é uma das lacunas presentes no currículo de Zanetti. Em 2011, o título ficou bem próximo. Em Tóquio, o brasileiro foi superado apenas por Chen e ficou com a medalha de prata. Dois anos antes, em Londres, havia ficado com o quarto lugar nas argolas.
Após a prova de qualificação das argolas, Zanetti volta à área de competições no sábado, quando será disputada a decisão.