Eu não gosto de praia. Mesmo.
Na verdade, eu detesto praia. O dia de praia pra mim é um pesadelo desde o início: acordar cedo, passar protetor, carregar as cadeiras, milho verde, picolé, crianças perdidas dos seus pais e boladas na cara. Isso sem falar da camada de ozônio, que tá ali só pra nos fazer gastar com cremes hidratantes e Cataflam. Mas disparada a pior parte do verão é a hora do protetor. Passar protetor solar é tão desagradável que até o Pedro Bial fez um poema sobre isso. Se ficar em silêncio até posso ouvi-lo falando pra mim: “Vem se queimar aqui fora, Arthur!”.
Continua depois da publicidade
:: Acompanhe as últimas do blog do Pretinho Básico
:: Confira a cobertura completa do PB em Floripa
Eu odeio praia salvo nos dias de chuva.
Continua depois da publicidade
E foi em uma semana chuvosa de férias em Florianópolis que conheci o lugar mais sensacional desse pedacinho de terra perdido no mar: o Centro da cidade. Os prédios históricos e o Mercado Público me fizeram esquecer dos negros dias passados à beira-mar. O Mercado Público com seus bares e restaurantes clama por um pastel de berbigão acompanhado de uma cerveja gelada ao entardecer. Destaco o Box 32 e suas paredes repletas de fotos dos clientes mais ilustres. Saindo dali a pé é fácil achar lojas com todo o tipo de traquitana e dezenas de sebos onde se encontram livros usados e vinis. Ano passado eu e o Porã demos uma longa caminhada atrás das lojas de disco e conhecemos um sujeito chamado Gota. Gente boa o Gota!
Portanto, se você vier a Floripa, vá ao Centro. Faça esse favor a si mesmo. Esqueça um pouco a areia e a caipirinha em copo de plástico e se aventure pelas ruas da cidade. Não precisa nem me agradecer por essa dica, viu? É só não me convidar pra ir à praia.