Foi o amor o responsável pelo encontro. Ela chegou quase que como de repente. Conquistou-o naturalmente. Mostrou a ele o quanto vale a pena seguir em frente, feliz. Com orgulho, hoje o estudante e office boy blumenauense Paulo Henrique Raulino, 18 anos, enche o coração de bons sentimentos e dá ênfase às palavras, quando se refere a ela:

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– Foi a arte que salvou minha vida! Tenho metas a cumprir e sonhos a realizar.

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Aos 15 anos, os passos foram guiados para um caminho obscuro. A escuridão assolava jovens e adolescentes no Bairro Salto do Norte, em Blumenau. O irmão ofereceu maconha uma, duas vezes e na terceira, Raulino experimentou a droga que o deixou viciado e motivou o uso de outros entorpecentes, como cocaína e crack. Rapidamente, ficou debilitado. A própria mãe não reconhecia o filho que chegava tarde em casa e a deixava preocupada.

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Completou 17 anos e ficou internado durante 20 dias no Hospital Santo Antônio, em Blumenau. Como o próprio jovem afirma, saiu de lá renovado. Foi então que a arte mostrou ao jovem que a vida pode sim ter outras cores, sons e palavras. Começou a escrever poesias, desenhou flores e o pôr do sol com lápis 6B na parede do próprio quarto.

Apaixonou-se pela arte. É autor de 20 poesias e compositor de duas músicas. As palavras relatam um amor platônico e o amor pela vida. Além disso, Raulino ainda toca violão e flauta.

– A arte me ajudou a ocupar a mente para coisas boas. O que mais me inspira é o amor, o amor à vida, à família, o amor em si – suspira o jovem.

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Teatro para ultrapassas barreiras

Vozes e movimentos corporais. Sentados e de pé. As encenações fazem parte de um dos ensaios e atividades de teatro, que integra o projeto Enloucrescer – Associação dos Usuários, Amigos e Familiares dos Serviços de Saúde Mental de Blumenau, que ocorre em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e a Furb por meio da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares.

Rosângela Piaz, 45 anos, era uma pessoa tímida e, com a pintura e o teatro, começou a se desenvolver melhor e falar em público, como ela mesma afirma:

– Fico feliz com os meus trabalhos. A arte ultrapassa as barreiras da doença. Sinto-me muito bem.

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Ao orientar as oficinas de arteterapia, com as técnicas de óleo sobre tela e de decupagem em caixinhas de madeira, a psicóloga Elisete Maria Gastaldi Bechtold comenta que percebeu como a arte modifica a pessoa:

– A arte ajuda muito. Somos criatividade e sem isso não somos nada. A pessoa consegue se visualizar de uma maneira diferente por meio da arte. As melhoras são visíveis.

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