A construção de túneis no trecho sul do Contorno Viário da Grande Florianópolis depende de duas aprovações e deve começar este ano. “A Arteris aguarda aprovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e do Ibama para que possa começar. Esperamos começar nos próximos meses. Já temos a empresa contratada para executar a obra. Por parte da empresa a gente está 100% pronto para começar as obras o quanto antes”, afirmou o diretor superintendente da Arteris Litoral Sul, André Bianchi, ao Notícia na Manhã.
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O contorno viário da Grande Florianópolis, previsto para 2012, só deve ser concluído em 2020. Bianchi garante que mais de R$ 700 milhões já foram investidos: “Estamos trabalhando em mais de 70% do trecho, mais de mil funcionários trabalhando.” Os recursos vêm da cobrança de pedágio na BR-101. “A Arteris tem todo interesse em terminar essa obra o mais rápido possível. Vai liberar o trânsito pesado de longa distância que hoje trafega pela br-101 para uma via expressa, de 100 km/h.”
Bianchi acrescentou que, quando há atrasos no cronograma de investimentos, a concessionária sofre penalização na tarifa. “Está previsto no contrato, na cláusula do equilíbrio econômico-financeiro.” Por isso, o diretor se diz tranquilo quanto à ação judicial, de autoria do deputado federal Espiridião Amin, que pede a suspensão da cobrança de pedágio até a conclusão do contorno.
O atraso no cronograma é atribuído pela Arteris às modificações no traçado original. “A principal foi no final do trecho, no trecho sul, que inicialmente passava em uma região plana, e pela construção de um conjunto habitacional teve de ser alterado para uma região geologicamente mais complicada, e exigiu a construção de quatro túneis. A parte ambiental se tornou muito mais complexa.”
A obra, que era para 2012, só começou de fato em 2014. “Tivemos alteração em função da origem do contorno, que antes era no km 169 e depois foi mudado para o km 175, o que gerou impacto, tivemos de realizar o projeto executivo novamente, e no licenciamento ambiental”, explica Bianchi.
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As desapropriações, segundo a Arteris, não são mais empecilho. “Hoje temos 75% dos lotes liberados, e em termos de área, 94% da área. Os lotes que faltam liberar são pequenos.”