Quando você pensa em artesanato catarinense, o que vem primeiro à cabeça? É provável que cada um tenha uma resposta diferente, dependendo da cidade onde mora. Isso porque cada região do Estado sofre a influência das comunidades nativas e de imigrantes no que se chama de arte popular. Portanto, muito mais do que objetos que servem como souvenir para turistas, as peças dos artesãos ajudam a contar a história e a valorizar a cultura de Santa Catarina.

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Esta riqueza artística popular é retratada no projeto “Tipo Arte”, que pincela fatos marcantes, curiosidades e personagens de destaque na produção artística catarinense. Além da arte popular, os episódios falam sobre música, cinema, dança, teatro, escultura, pintura, fotografia e arte digital.

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Para ser considerado artista, não precisa colecionar prêmios, ter formação acadêmica na área ou um lugar no museu. O que vale é a emoção que desperta, a história que carrega, o quanto valoriza nossos povos e expressões culturais. E Santa Catarina, um Estado com a miscigenação de povos e culturas, se evidencia também pela diversidade dos trabalhos daqueles que ajudam a contar a história da arte da região.

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As cestarias trançadas pelos indígenas, as rendas de bilro dos açorianos, as peças de lã ou palha de milho feitas na Serra, o couro do Planalto, os artigos em madeira do Oeste, os cristais e cerâmicas do Vale do Itajaí, os doces artesanais dos quilombolas, as bonecas de pano, o crochê, o bordado e o papel machê são exemplos de arte que contam histórias e carregam consigo a cultura dos povos que colonizaram e viveram no Estado.

Dança mostra diversidade cultural do Estado

As tradicionais rendeiras de bilro se tornaram ícones do artesanato na Capital catarinense. A dança dos bilros com os fios apoiados nas almofadas corre décadas e contam as histórias de homens e mulheres que transformam o emaranhado das linhas em peças de arte com tramas que formam simetrias perfeitas das mais variadas formas.

Em Lages, no Planalto Serrano, uma cooperativa de mulheres usa fita tusa – material dispensado de uma fábrica de celulose – para criar peças de artesanato que são expostas em mostras nacionais de decoração. No Vale do Itajaí, o bauernmalerei atrai a atenção de moradores da região e turistas. Existem oficinas que ensinam a técnica da pintura camponesa herdada dos imigrantes que vieram da Áustria, da Alemanha e da Suíça nos séculos 17 e 18.

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Em Bombinhas, o Museu Comunitário Engenho do Sertão transforma a arte popular em uma experiência de disseminação do conhecimento associada às vivências da população local, à valorização da cultura e, por consequência, à transformação da realidade social. Administrado pelo Instituto Boimamão, o espaço recebe visitantes para conhecer o acervo, bem como promove ações educativas, de agroecologia e outras ações que se convertem em renda para os artesãos locais.​

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Se a arte clássica ocupa os museus, a arte popular catarinense nasce nas comunidades nativas e de imigrantes para ser protagonista e encantar em feiras e nas ruas.

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Tipo Arte

O projeto “Tipo Cultura” chega à segunda temporada com a série “Tipo Arte” e um dos 10 episódios é justamente sobre Arte Digital. Os outros episódios valorizam a riqueza do Estado na música, cinema, dança, teatro, escultura, pintura, fotografia e arte popular. Os programetes vão ao ar na programação da NSC TV, pincelando fatos marcantes, curiosidades e personagens de destaque na produção artística catarinense.

Veja vídeo exclusivo da série “Tipo Arte”:

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