Com paisagens urbanas cada vez mais tomadas por prédios e arranha-céus e pelo movimento incessante de carros e de motos, a beleza cotidiana pode passar despercebida.

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Na correria diária por trabalho, estudo ou descanso, o tempo é artigo raro, e os assuntos que movem as cidades, o Brasil e o mundo também são deixados de lado.

Nesse ritmo acelerado, a manifestação artística do grafite, vinda do povo e das ruas, oferece uma ilha de arte e reflexão em meio ao oceano de pedra. Através de desenhos, pinturas, gravuras e cores, artistas populares e anônimos deixam suas marcas. Deixam mensagens com vários sentidos, que tocam de maneira diferente cada um que as percebe.

Mais do que pura arte, o grafite é ainda uma das manifestações culturais mais democráticas conhecidas. Expostos a céu aberto para toda a população, sem nenhuma distinção ou restrição, os desenhos perdem a definição de posse e, mesmo assim, simples ou complexas, que chamam à realidade ou apenas produzem sorrisos sinceros de admiração, todas as obras guardam essências próprias – têm um pouco da alma e do coração de cada artista.

– O que antes era uma arte só de rua, mais como sinônimo de protesto, hoje vem assinalando uma nova forma de linguagem. Esse movimento se popularizou e hoje a comunidade tem uma percepção global do grafite, compreendendo ele como arte e como conceito, muitas vezes com poesias e histórias por trás do desenho – observa a coordenadora dos cursos de Design da Univali de Balneário Camboriú, Bianka Cappucci Frisoni.

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