Sim, o Avaí pode. A história mostra que sim. Desde que o Brasileirão é disputado no sistema de pontos corridos, há times que conseguiram arrancadas espetaculares para sair das últimas colocações e, pelo menos, terminar a competição fora da zona de rebaixamento. Inclusive com a conquista do que o discurso dos atletas resume ao tal de ¿algo a mais¿, a classificação para um torneio continental, e não apenas celebrar o término do torneio como se fosse título não descer de divisão.

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O Goiás foi o primeiro expoente das arrancadas. Em 2003, a equipe comandada pelo técnico Cuca terminou o turno na lanterna. Na segunda metade da competição, o aproveitamento foi tão positivo que terminou como um dos representantes do país na Copa Sul-Americana. A lista conta ainda com o Grêmio, em disparada similar em 2010, quando terminou classificado à Libertadores da América, e o Fluminense de 2009, exemplo máximo da reviravolta nos últimos jogos da competição para concluir livre da degola. O Flu também era dirigido por Cuca.

Do campo ou das arquibancadas, os azurras esperam que o sufoco não seja tão grande quanto o do Flu, que se manteve vivo rodada a rodada nas 11 partidas finais até acabar o campeonato, e nem sonha tanto com a vaga em Sul-

Americana ou Libertadores, como ocorreu com Goiás e Grêmio. Ao Leão basta estar fora da zona de rebaixamento antes de finalizado o Campeonato Brasileiro, e espera que isso ocorra o quanto antes.

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– Não alcançamos a nossa meta, mas acho que ficou uma boa impressão do turno. Tivemos resultados importantes até fora de casa, que dão esperança para fazermos o segundo turno melhor – disse o meia Juan.

Nesses momentos, um número salta: 45. É a pontuação que, historicamente, assegura que uma equipe não caia para a Série B. Para que o Avaí de hoje seja o Leão garantido na elite, no dia 3 de dezembro, precisa de aproveitamento de 45,6% (o atual é de 31,6%) – necessita somar 26 pontos.

Para garantir a permanência, o Avaí precisa elevar o desempenho como mandante. O Leão ficou com 40,7% dos pontos que estiveram em disputa nos nove jogos até agora no sul da Ilha de Florianópolis. O conjunto azul e branco venceu duas vezes e empatou cinco em seus domínios (o 17º entre as 20 equipes neste quesito). O problema do Avaí no turno é o compromisso para a próxima metade do Brasileirão.

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– Os resultados em casa precisam ser diferentes, temos de vencer. Ganhamos apenas duas em casa, é pouco – atesta o meio-

campista avaiano.

Exemplos, contas e esperança não faltam. Restam ¿apenas¿ as 19 batalhas que o Avaí tem pela frente para confirmar a arrancada em busca do ¿algo a mais¿.

Grandes arrancadas no Brasileirão

Goiás em 2003

No Brasileirão com 24 clubes, era o último ao término do primeiro turno. Com 65% de aproveitamento na segunda metade do campeonato (14 vitórias e dois empates em 23 jogos), terminou em nono e classificado para a Copa Sul-Americana.

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Fluminense em 2009

Ao término do primeiro turno, a equipe era o vice-lanterna, com 15 pontos somados. Demorou a reagir e era dado como rebaixado ainda com o torneio em andamento. A partir da 27ª rodada arrancou para finalizar o campeonato fora do Z-4. O returno teve aproveitamento de 54,4%.

Grêmio em 2010

O time gaúcho chegou a frequentar a zona de rebaixamento no decorrer do Brasileirão e fechou o turno na 16ª posição, com 20 pontos. O returno gremista teve aproveitamento de 75,4% (13 vitórias e quatro empates). Terminou o campeonato em quarto, classificado à Libertadores.

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