A maioria das pessoas acredita que o Arquivo Histórico é apenas um depósito para documentos antigos. No entanto, além de preservar a história, o espaço é utilizado como fonte de pesquisa diária. Em Jaraguá do Sul, um problema com o espaço impede que o arquivo histórica receba novos documentos da Prefeitura desde semana passada.
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No momento, o órgão aceita apenas doações da comunidade. São mais de 30 mil caixas de documentos, 20 mil exemplares de jornais e 150 mil fotografias depositadas naquele espaço.
A historiadora e chefe do Arquivo Histórico, Silvia Regina Toassi Kita, afirma que o local guarda documentos da Prefeitura de 1997 até 2012. Além deles, há os documentos históricos, livros, jornais antigos e muitas fotografias. Silvia conta que o mais antigo data de 1895, sem contar outros livros também do século 19.
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– Diariamente, os funcionários da Prefeitura buscam documentos que precisam para algum processo e outras pessoas vêm fazer pesquisas históricas. A digitalização ou a microfilmagem não elimina a necessidade de termos o documento original, apenas facilita a localização e o manuseio das informações – enfatiza.
Segundo Silvia, quem retira os documentos tem 30 dias para devolver e o prazo pode ser estendido.
Os visitantes também têm um espaço para pesquisarem no arquivo. Em 2014, foram mais de 12 mil documentos consultados, com uma média de 52,4 documentos procurados por dias. O número de usuários chegou a 1.876, mais atendimentos por telefone, internet e correspondências, que somaram 4.166. Até maio deste ano, quase seis mil documentos foram consultados. A média de documentos consultados está em 66,56 por dia e número de visitantes até o momento é de 1.020, mais atendimentos de 1591 via internet, telefone e correspondência.
Por trás das estantes
A história da instituição começa em 1984. Desde o seu surgimento, o Arquivo Histórico precisa fazer um trabalho minucioso de higienização e catalogação dos documentos. Segundo Silvia, todo documento que chega precisa passar pela limpeza.
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– O primeiro passo é identificar o documento e depois retirar os grampos que danificam o papel. Em seguida, o documento segue até a mesa higienizadora – afirma Silvia.
A mesa higienizadora comporta dos funcionários, os quais passam pinceis por cima das folhas para retirar as partículas de pó e depois são encaminhadas para o sugador. O próximo passo é colocar na caixa seguindo as recomendações do Conselho Nacional de Arquivo.
– Também fazemos a higienização das caixas e estantes. As serventes conseguem realizar a limpeza total apenas três vezes ao ano – conta Silvia.
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No momento, o Arquivo Histórico está com dez funcionários, sendo uma bolsista e um cargo comissionado. Para Silvia, seriam necessários mais cinco profissionais: um conservador e restaurador, um arquivista, um historiador e mais dois funcionários para serviço gerais. Silvia destaca que hoje não fazem restauração de documentos por falta de profissionais.
– O trabalho do Arquivo Histórico nunca para. Até o momento, 60% do nosso material já foram higienizados, sem falar na digitalização, cerca de 20% passou por esse processo porque digitalizamos conforme os pedidos para verificar as informações – informa.