Após reunião a portas fechadas na manhã desta segunda-feira (15) os vereadores que votaram a favor do PL 17870 anunciaram a anulação da proposta. Uma entrevista coletiva foi convocada às 10h30min, onde o atual presidente da Câmara de Vereadores, Roberto Katumi, acompanhado de nove dos dezoito que votaram a favor do projeto decidiram voltar atrás em todo o conteúdo e pedir desculpas à população.

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— A proposta não é ilegal, entretanto a população decidiu que não é moral e por isso pedimos desculpas e estamos requerido a anulação e posterior arquivamento do texto na íntegra — afirmou o presidente da Câmara de Vereadores Roberto Katumi

O pedido de arquivamento da proposta é feito de maneira individual pela presidência e deve passar pelo aval da Procuradoria. Durante a entrevista-coletiva, o presidente destacou ter sido surpreendido com o tamanho da repercussão negativa , pois o vale-alimentação é um direito com previsão legal.

— Isso serviu de lição sobre a opinião pública e por isso voltamos atrás. Entretanto, tomamos essa decisão porque dizia respeito a nós. Isso não significa que a Câmara irá se acovardar perante à temas polêmicos. — disse o presidente

Katumi também afirmou que a rápida tramitação do projeto em apenas 26 segundos é comum e já ocorreu em outras propostas e que não houve a intenção em momento algum a intenção de omitir a proposta da sociedade. O parlamentar municipal declarou que a proposta já estava sendo debatida dentro da Câmara há pelo menos 15 dias e que todos estavam cientes.

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Além da polêmica do vale-alimentação, um dos pontos do projeto pode voltar a debate no segundo semestre: o aumento da verba de gabinete. O presidente declarou que irá conduzir um debate aberto com a sociedade, porém entende que é necessário ampliar a verba de aproximadamente 20 mil reais para o gabinete e prevê a possibilidade de contratação de até 10 assessores.

— Precisamos dar condições aos trabalhadores do gabinete de receber o valor previsto pelos pisos de sua categoria, o que atualmente não é possível. Por isso, precisamos voltar a falar sobre isso no futuro em um debate mais aberto e amplo com a população — comentou Katumi.

Polêmica entre os vereadores

As controvérsias do projeto não se limitaram ao texto do documento. Maikon Costa (PSDB) novamente teve desentendimentos na Câmara de Vereadores nesta manhã (15). Na última sexta-feira (12) o vereador foi retirado de uma sala da Câmara pela Guarda Municipal depois de uma confusão com funcionários da casa que não aceitaram mudar a ata da sessão em que ele disse ter votado contra o auxílio alimentação. Nesta segunda-feira (15) ele afirmou que foi impedido de se opor ao projeto durante a sessão pois teve seu microfone desligado pelo presidente da casa, Roberto Katumi.

Já ao chegar no prédio do legislativo municipal nesta manhã Maikon declarou a imprensa que não havia sido convidado para a reunião e que havia ficado sabendo de tudo pelos veículos de comunicação. Após alegou que ao se dirigir a sala da presidência para participar do debate sobre a anulação foi impedido pelo presidente da casa, Roberto Katumi de participar da reunião entre os vereadores com assinatura favorável ao projeto. Katumi, por sua vez, afirmou que foi uma decisão de comum acordo entre o grupo, pois entenderam que Maikon não iria somar ao debate já que ele teria chegado a reunião alterado.

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