A inovação, principalmente a inovação aberta, pode ser construída de forma mais eficiente quando conta com a produção em conjunto de conhecimento e tecnologia, unindo capacidade técnica e científica e experiência de mercado de parceiros, sejam eles empresas ou instituições. E uma dessas soluções construídas a várias mãos foi um projeto piloto de armazém inteligente a partir de funcionalidades da indústria 4.0, trazendo ganhos de produtividade ao setor logístico. 

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A Ascensus Group, com matriz na cidade catarinense de Joinville, que foi responsável pela iniciativa, queria construir um sistema automatizado e autônomo para movimentação e armazenagem de produtos de alto valor agregado. Segundo a companhia, a iniciativa visa orientar a jornada de inovação para uma transformação digital

Inovação a favor da produtividade

A plataforma web service foi criada para interação entre o e-commerce com os sistemas inteligentes. Todo o armazenamento de uso restrito é realizado pela estrutura vertical, o que reduz a área de armazenamento e trajetos internos, elimina erros na separação de pedidos e é livre de interferência manual. A entrada e saída de mercadorias é feita por meio de um robô colaborativo e a mercadoria é acompanhada em tempo real em todo o processo.

Com menos erros e maior possibilidade de rastreabilidade, os resultados conquistados com o projeto piloto foram animadores, após aumento de produtividade de 42% no processo Inbound e 121% no processo Outbound. Além disso, uma redução de área de 90% por conta do uso do armazém vertical representou significativamente uma economia de espaço. A redução de trajetos percorridos alcançou 70%, com melhorias na ergonomia dos operadores e diminuição do contato humano com os produtos de alto valor. 

– À medida em que nos aprofundamos nas operações fluxos e particularidades de cada etapa, surgiam novos desafios, o conhecimento de todos cada qual em sua área de melhor afinidade, tornava-se o combustível perfeito para superar cada etapa, um conglomerado de tecnologias inovadoras associadas a um complexo fluxo operacional de alto controle onde a acurácia e menor intervenção humana seja necessária é apenas uma fração de todo o potencial que esse projeto proporciona – detalha Maicon Alexandre Coelho, coordenador de logística Ascensus Group. 

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Rodrigo Hermes de Araújo, head de portos Ascensus Group, avalia a iniciativa como inspiradora, tendo em vista a conexão com diversas tecnologias de ponta possibilitou que o sistema tomasse decisões inteligentes, com fluxo mais clean, rápido, sem erros e com segurança.

– Além dos ganhos práticos e mensuráveis, percebeu-se o aumento de conhecimento da equipe envolvida no projeto, especialmente a de Logística, e Sistemas de Comunicação. Esse aprendizado permitiu à equipe vislumbrar como outras melhorias podem impactar outras áreas da empresa e futuros projetos. Neste momento, esse conhecimento serve de base para o projeto de transformação digital da Empresa como um todo. A inovação é transformadora, quando você a experimenta, percebe que precisa dela sempre – completa.

Apoio à inovação

Para tirar tudo isso do papel, a Ascensus Group contou com parceria da Amoveri e Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec) do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com fomento do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Entre as parcerias, foi importante o apoio do BRDE para tirar esse projeto do papel, que contou com recursos do programa de apoio à Inovação, o BRDE Inova. Felipe Castro do Couto, gerente de planejamento da instituição, detalha que o programa visa apoiar projetos de inovação apresentados por empresas inovadoras, fortalecer parcerias com entes públicos e privados responsáveis pela promoção do desenvolvimento científico, tecnológico e educacional da região sul, criar mecanismos que visem democratizar o acesso a financiamentos para projetos de inovação de micros e pequenas empresas e fomentar o estímulo ao crescimento e formalização das empresas emergentes em inovação.

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– O fomento à inovação é essencial para a competitividade da economia catarinense. São projetos voltados ao desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, ou no aprimoramento dos já existentes, com potencial para ampliar mercados, promover ganhos de eficiência e produtividade, o melhor aproveitamento dos recursos naturais e gerar empregos qualificados, aspectos fundamentais para a sustentabilidade dos negócios – reforça Couto.

Todo o desenvolvimento do projeto foi concebido como um projeto de inovação. A utilização de tecnologias de ponta como inteligência artificial, analytics, manipulação de big data, uso de simulação 3D virtualizada com finalidade de implementação de um sistema internet das coisas, com uso de robôs foi possível graças a uma instituição fomentadora de inovação, a Unidade Embrapii Senai Cimatec da Bahia.

Fomento ao desenvolvimento de Santa Catarina

Somente neste ano, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoiou 24 projetos de inovação no Estado que representam um valor contratado de R$ 38,6 milhões em financiamentos. Além das operações de crédito, o BRDE está executando um projeto de aceleração de empresas denominado BRDE Labs, em parceria com a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), que apoia cerca de 100 startups em todo o estado de Santa Catarina.

Tem interesse em apoio para um projeto inovador? Conte com o BRDE. Acesse o portal e confira os programas existentes.

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