No dia que marca duas semanas do tiroteio que resultou na morte dos delegados federais Adriano Antônio Soares e Elias Escobar, em uma casa de prostituição no Estreito, região continental de Florianópolis, a investigação da Polícia Civil segue atrás de elementos para descobrir exatamente a dinâmica dos fatos naquela madrugada.
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O principal suspeito até o momento, o vendedor de cachorro-quente Nilton César Souza Junior, 36 anos, permanece internado no Hospital Florianópolis. A arma de um dos policiais, uma pistola Glock 9mm, continua desaparecida. E, a partir de agora, além do depoimento de Nilton, que só será tomado após ele receber alta hospitalar, os laudos periciais podem ser decisivos para esclarecer o caso.
Um deles já foi anexado ao inquérito policial presidido pelo delegado Ênio Mattos, titular da Delegacia de Homicídios da Capital. O resultados dos exames de alcoolemia e toxicológico em Escobar e Soares não apontou uso de drogas, como cocaína, por exemplo, mas expôs o alto consumo de bebidas alcoólicas pela dupla: Adriano Soares apresentava 6,21 decigramas álcool por litro de sangue. Já Elias Escobar possuía nível três vezes maior, com 18,90 decigramas de etanol.
Também no inquérito está a nota fiscal de um famoso restaurante no Sul da Ilha, onde eles jantaram horas antes de morrer. Lá, o total consumido foi de R$ 1.007, com 18 cervejas de 600ml e outras 20 garrafas long neck, além de ostras, pasteis de camarão e iscas e bolinhos de garoupa.
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Entre esta quarta-feira e a próxima segunda, o Instituto Geral de Perícias (IGP) vai começar a periciar uma pistola Glock 9mm, que era de um dos delegados, e a pistola Glock 380, que pertence a Nílton. Outra pistola, também Glock 9mm, que pertencia a outro dos delegados, continua sumida desde o dia do tiroteio. O resultado da perícia nas armas tem 10 dias para ser concluído.
O delegado Ênio confirma o sumiço da pistola, e afirma que outros pontos da investigação ainda precisam ser esclarecidos. Outro laudo importante será o de local do crime, para verificar a distância entre os envolvidos e tentar se aproximar do que realmente ocorreu naquela madrugada no endereço 690 da rua Fúlvio Adduci.