Há 30 anos localizada na rua Iririú, a Drogaria Maciel é referência para os moradores do bairro que dá nome a rua de Joinville. Quem entra na sala comercial pintada de amarelo e vermelho, logo encontra um senhor de óculos, de sorriso fácil e que tem preocupação com seus clientes.
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Ari Maciel, 53 anos, é o dono da farmácia mais antiga da região e trabalha no ramo desde 1976, quando chegou à Joinville. Nascido em Mirim Doce, no Vale do Itajaí, Ari trabalhou no sítio juntamente com seus outros sete irmãos. Foi lá onde aplicou a sua primeira injeção na vida, mas não em uma pessoa como viria a fazer alguns anos mais tarde, mas em um boi.
Saiu da cidade natal depois de terminar o ginásio com destino a Joinville. Ele e outros dois amigos vieram para a Manchester Catarinense em busca de trabalho e logo quando chegaram fizeram teste para a Escola Técnica Tupy. Apenas um foi aprovado e não foi seu Ari.
– Depois de três dias eu já estava trabalhando na Drogaria Catarinense, que foi a minha grande escola – conta.
A família Maciel já tinha cerca de cinco pessoas ligadas ao ramo da farmácia e a vontade de Ari em seguir por esse caminho era grande. Ele começou como estoquista na Catarinense, mas a meta era chegar ao balcão.
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– Comecei a fazer plantão nos finais de semana e, enquanto meus amigos jogavam bola, eu ficava aprendendo – relembra.
Depois de sair da rede de farmácias, ele ainda trabalhou nas Casas Pernambucanas e, em 1981, foi para o Rio Grande do Sul gerenciar a farmácia de um amigo. Neste mesmo ano, se casou com dona Ivone, com quem teve a filha Juliana.
Na cidade gaúcha de Torres, foi onde nasceu a ideia do negócio próprio. A farmácia do amigo faliu e ele a comprou, trazendo-a para Joinville. Primeiramente, se instalou em outro ponto da rua Iririú, mas há cerca de 28 anos seu Ari mantém a Drogaria Maciel no mesmo endereço, fazendo o trabalho com o coração para agradar todos os clientes.
– Tenho muitos clientes que são fieis e isso é muito gratificante.
Segundo ele, a profissão é que nem a de padre, porque ele se torna um confidente dos frequentadores da farmácia. Esse envolvimento com os clientes também se dá pelo ambiente familiar do comércio.
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Além da esposa de seu Ari às vezes ajudar no atendimento, a filha Juliana é a farmacêutica da drogaria. Formada no ano passado, ela se interessou pela área, inicialmente, em razão da profissão do pai e, desde que terminou a faculdade, passou a trabalhar com ele.
Seu Ari abre o comércio todos os dias às 8 horas e fica até às 20 horas, parando apenas para o almoço. Há algum tempo decidiu parar de trabalhar também aos domingos, o que deu mais tempo para jogar dominó e futebol com os amigos.
A bola é um hobby do comerciante, que já disputou o Copão Kurt Meinert e também foi campeão do campeonato dos comerciários de Joinville em 1977, quando jogava pelo time da Drogaria Catarinense.
– Jogo desde garoto. Já está no sangue – brinca.