As infrações de trânsito, especialmente nesta época do ano, também trazem à tona um antigo impasse em Santa Catarina: as multas aos motoristas infratores de países vizinhos, principalmente da Argentina.

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O Detran e a PRF afirmam que os veículos estrangeiros estão sendo multados e os autos de infrações processados no sistema eletrônico estadual com o banco de dados criado nos últimos anos.

O problema ainda é a falta de fiscalização de trânsito nas fronteiras para que o condutor do país vizinho seja abordado e cobrado do pagamento da multa antes que consiga ultrapassar a linha divisória entre os países.

Historicamente, infratores argentinos abusam da imprudência no Estado justamente por causa dessa impunidade.

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O problema é que na porta de entrada de SC, como em Dionísio Cerqueira, no Extremo Oeste, fronteira com a Argentina, dificilmente ocorre a fiscalização de trânsito 24 horas.

Um outro impasse envolve as operações bancárias em fins de semana, pois mesmo que o policial emita o boleto ao estrangeiro que for abordado por multa do ano passado, por exemplo, ele não terá onde pagar e não pode ser retido pela polícia até o dia útil por esse motivo.

– O banco de dados está funcionando, mas ainda há a barreira da inexistência de fiscalização de trânsito nas fronteiras e a questão de como pagar a multa em fins de semana. Precisaria ter uma estrutura própria para isso – reconhece o inspetor Luiz Graziano, chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina.

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