O governo argentino anunciou nesta quinta-feira um plano de 13,2 bilhões de pesos (US$ 3,860 bilhões) destinado a incentivar o consumo, a produção e o investimento de indústrias, pequenas e médias empresas, e o setor agropecuário para atenuar os efeitos da crise global.
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A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse que serão destinados 3,1 bilhões de pesos (US$ 906,43 milhões) à indústria automotiva, que no mês passado enfrentou fortes quedas na produção e exportação.
– Estamos trabalhando fortemente com terminais e concessionárias, porque a idéia é manter os níveis do setor e a produção. (Mas para isso) vão ter de reduzir a rentabilidade tanto do que produz quanto do que vende – disse Cristina, durante um ato nos arredores de Buenos Aires.
Diante de funcionários e empresários, a presidente considerou que a iniciativa busca promover a aquisição do primeiro veículo zero quilômetro e disse também que serão destinados outros 650 milhões de pesos (US$ 190 milhões), para incentivar a compra de utilitários e caminhões.
Redução de impostos
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A chefe de Estado também anunciou uma redução de 5 pontos percentuais nas retenções às exportações de trigo e milho, depois do duro conflito do setor rural com o governo entre março e julho deste ano, devido ao valor destes impostos.
Cristina disse também que o plano contempla 1,7 bilhão de pesos (US$ 497 milhões) para o pré-financiamento de exportações e capital de trabalho do setor agropecuário, com o objetivo de beneficiar as economias regionais.
O programa lançado pelo Executivo também prevê 3,5 bilhões de pesos (US$ 1,023 bilhão) dirigidos a créditos para o consumo, 1,25 bilhão (US$ 365,4 milhões) para as indústrias e 3 bilhões de pesos (US$ 877,1 milhões) para incentivar o setor de pequenas e médias empresas.
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