A mudança para Joinville marcou profundamente o processo de criação e o olhar da argentina Verónica Murphy. Aqui, a artista passou da tinta a óleo para as colagens cobertas pela tinta acrílica e a paisagem local contaminou a paleta de cores. Em sua primeira exposição individual, “De Verde para Verde”, que abre nesta quarta-feira na Associação de Artistas Plásticos de Joinville, ela evidencia essas mudanças e as chama de resumo de sua estada no Brasil.
Continua depois da publicidade
Imagens escondidas na floresta, plantações de banana, lavouras e até as araucárias da Serra catarinense predominam nas telas que Verónica apresenta até 10 de agosto na sede da Aaplaj, na Cidadela Cultural Antarctica. Com curadoria de Linda Poll, a mostra da argentina abre os olhos dos visitantes para a valorização do entorno.
– Isso tudo é um privilégio que vocês têm – afirma Verónica, que já expôs em coletivas na Univille e Museu da Bicicleta (Mubi).
Foi em aulas com o artista Luciano da Costa Pereira, em Joinville, e na continuidade com Linda, que há três anos Verónica deixou o desenho como base de sua pintura para dar espaço para as colagens em cartolina.
Na Argentina, a administradora por formação ainda estudou na Associação Estimulo de Belas Artes e fez curso de pintura da Universidade Católica de Buenos Aires com o professor e artista argentino Juan Astica.
Continua depois da publicidade
“De Verde para Verde” reúne seis telas grandes e outras menores. Um vídeo e alguns estudos ajudam o visitante a compreender o processo de produção de suas obras.
– As pinturas de Verónica são construídas da mesma forma que uma obra arquitetônica. Tudo é pensado a partir do seu projeto que define as etapas do trabalho e as ações seguintes. Ela vai testando as cores passo a passo, assim como os espaços vazios e as formas que já foram definidas no início. Tudo é calculado com muito cuidado – descreve Linda no texto curatorial.
O QUÊ: exposição De Verde para Verde, de Verónica Murphy.
QUANDO: abertura nesta quarta-feira, às 19h30. Visitas até 10 de agosto.
ONDE: sede da Associação de Artistas Plásticos de Joinville (Aaplaj), na Cidadela Cultural Antártica.
QUANTO: entrada gratuita.