A equipe de basquete feminino de Blumenau volta à quadra neste sábado para o último jogo do primeiro turno da Liga de Basquete Feminino (LBF). Após uma boa largada com duas vitórias, a equipe do técnico João Camargo Neto acumula cinco derrotas seguidas e está na oitava colocação, com nove pontos. O adversário da tarde, o Catanduva-SP, está logo atrás, na última posição, com sete. Uma vitória é considerada essencial para subir na tabela.
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Para isso, o time aposta na garra e no talento castelhano. A pivô argentina Zulema Garcia León, 23 anos e 1,89m de altura, chegou no final de dezembro e já fez cinco partidas. Já a ala venezuelana Waleska Perez, 24 anos e 1,80m, desembarcou na cidade há menos tempo e disputou apenas dois jogos.
O convite para Zulema integrar a equipe veio por uma atleta que era amiga em comum da ala-armadora Mariana, uma das atletas mais experientes do time. Para a sorridente jovem de Buenos Aires, a passagem por Blumenau é a oportunidade de despontar no esporte em um país em que a modalidade está mais desenvolvida.
A pivô argentina se diz encantada com o município e ainda pelo o apoio ao esporte que percebeu nos dois meses em que está por aqui.
– A cidade, a infraestrutura, as pessoas são muito gentis. Sempre perguntam quando é o próximo jogo – conta a atleta, familiarizada com o português, e que aproveita o tempo livre para passear e jantar com amigos.
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Mais reservada, a ala venezuelana prefere descansar. Com passagens pelo basquete da Europa e pela seleção da Venezuela, Waleska já mostrou a que veio. Na estreia acertou um arremesso de três logo na primeira bola que pegou e anotou 29 pontos.
– A Zuli (Zulema) é uma pivô rápida, que tem bom trabalho de finalização e é inteligente também na parte defensiva. A Wale (Waleska) é uma exímia arremessadora de três pontos, tem muito domínio de bola, visão de jogo e passe. Com essas características individuais, podem ajudar o coletivo nesse próximo jogo e no returno para buscarmos uma melhoria na tabela de classificação – avalia o treinador João Camargo Neto.
Aposta para a sequência da carreira
O estilo de jogo da venezuelana é mais voltado ao passe, mas em Blumenau, devido à juventude de parte do elenco, ela já percebeu que precisa tomar mais decisões durante a partida, o que na avaliação de Waleska pode contribuir com o crescimento na carreira. A ligação com a terra natal e os familiares na Venezuela é forte – o rosto da mãe, por exemplo, está estampado em uma das inúmeras tatuagens, no braço direito da atleta.
No entanto, devido à crise no país de origem, à situação econômica e à escassez de produtos, ela acredita que o futuro profissional passe por experiências em outros países, como esta temporada em Blumenau. Um ano que ela espera terminar com boa campanha e nas primeiras colocações da LBF.
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– Ainda falta um pouco de ajuste, mas pouco a pouco vamos conquistando os objetivos e nos dando conta de que podemos chegar bem longe na competição – avalia Waleska.
Para Zulema, o time tem excelentes jogadoras e a principal receita para voltar a viver um bom momento na competição nacional é conquistar mais confiança para acreditar que é possível reverter a situação. Uma missão que passa por uma vitória na partida de amanhã, na quadra do Ginásio Galegão.
– O que vale é ganhar, qualquer outra coisa que não for isso não nos serve. Para isso, a presença e o apoio do torcedor são importantíssimos – afirma Zulema, convocando a torcida.
Serviço
O quê: Blumenau x Catanduva, pela oitava rodada da Liga de Basquete Feminino (LBF)
Quando: Sábado, às 17h
Onde: Ginásio Galegão, em Blumenau
Quanto: R$ 5, com direito a dois ingressos