A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta terça-feira uma série de medidas para reativar a economia do país. Entre elas, está a criação do Ministério da Produção que, segundo Cristina, é necessária porque o país “precisa de uma presença muito forte do Estado para apoiar os empresários, de forma que estes saiam para conquistar mercados”.
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A presidente também anunciou um plano para a repatriação de capitais, medida que foi avaliada por diversos governos desde os anos 90. O governo argentino está de olho na volta de substanciais fundos que os argentinos colocaram no Exterior – ou dentro de seus colchões – ao longo das últimas três décadas e meia, um período coalhado de crises e instabilidade institucional.
As estimativas indicam que mais de US$ 120 bilhões pertencentes a argentinos estão fora do país ou em refúgios domésticos. O governo também tem interesse em que estes fundos sejam colocados nos títulos da dívida pública argentina.
Emprego
A presidente também anunciou que o governo concederá uma moratória às pequenas e médias empresas de até 10 funcionários que contavam com trabalhadores informais. Desta forma, Cristina pretende estimular a contratação legal dos empregados, já que os informais constituem 84% do total dos trabalhadores desse tipo de empresas.
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– Vamos esquecer o passado e ver como as coisas funcionam daqui para a frente – disse.
Nesta linha, a presidente afirmou que aplicará medidas de redução dos custos trabalhistas. Segundo Cristina, os empresários somente colocarão 50% das contribuições para cada emprego.
O anúncio foi feito durante o encerramento da 14ª Conferência Industrial Argentina, diante de mais de 700 empresários. As medidas que implicariam um aumento da competitividade eram exigidas há meses pela União Industrial Argentina (UIA).
Entenda a crise: