A derrota por 3 a 1 para o Atlético-PR na tarde desta terça-feira foi um verdadeiro banho de água fria para as pretensões do Avaí na reta final da Série B. O duelo era um confronto direto e, em caso de vitória, o time catarinense colaria de vez no G-4. No entanto, o time treinado por Argel não foi bem e acabou derrotado, praticamente dando adeus às chances de retornar à Série A em 2013.

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Durante a partida, o Avaí encontrou muitas dificuldades e não conseguiu se encontrar em campo. Após sofrer o primeiro gol logo aos 17 minutos, Argel resolveu deixar o time mais ofensivo e colocou o meia Jefferson Maranhão no lugar do volante Rodrigo Thiesen. Para ele, a mudança melhorou a equipe, que poderia ter se saído melhor se Diogo Acosta tivesse convertido uma chance clara minutos antes do intervalo.

– Com dois meias o time se assentou melhor em campo e fez o gol de empate, em uma jogada iniciada pelo Maranhão. Mas o adversário tem qualidade, achou um chute de longe e logo depois foi a expulsão. E da maneira que foi, o jogo pende para um lado. Mesmo assim, aos 42 do primeiro tempo, tivemos uma chance. A bola sobrou para o Acosta. Se o primeiro tempo acabasse em 2 a 2 não seria injustiça. No segundo tempo, aí sim, sobrou muito espaço, pois tivemos que sair e o adversário aproveitou – destacou o treinador avaiano.

Na opinião de Argel, o Avaí foi prejudicado por um erro da arbitragem ainda na primeira etapa. Aos 40 minutos, Flávio Neves Corrêa expulsou o meia Jefferson Maranhão após um entrada imprudente do atleta avaiano em Marcão. Para Argel, o árbitro foi muito rígido e acabou facilitando a vida dos paranaenses.

– Eu não sou comentarista de arbitragem, mas o jogador tá tentando visar a bola. Se ele tivesse o cartão amarelo, aí concordaria com a expulsão. Foi uma jogada no campo defensivo do Atlético. A gente tem que ver isso, dois pesos, duas medidas. Aí com um jogador a menos fica um pouco mais difícil. Tentamos, mas não deu, faz parte do futebol. Não somos um muro de lamentações, então temos que pensar no jogo de sexta-feira contra o Goiás.

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No final do jogo, quando a vitória do Furacão já estava encaminhada, o clima esquentou dentro de campo e os avaianos mostraram certo nervosismo. Para o treinador, a reação dos atletas foi em decorrência da rivalidade e da disputa direta, mas a a equipe terá de recuperar o foco para a partida de sexta-feira, que está marcada para as 21h50min na Ressacada.

– É um clássico. Quando a bola rola, irmão desconhece irmão. A gente foi lá e acalmou a rapaziada. Não vi um Avaí nervoso. Vi um Avaí que jogou, buscou o resultado – explicou Argel, que tentará evitar cálculos nos próximos dias e manter o time de cabeça erguida para o próximo jogo.

– Não sou cara de fazer cálculos, não sou matemático. Temos 24 pontos para jogar, não vamos lamentar. A diferença do campeonato está sendo os times que ganham fora de casa, esses estão entre os quatro primeiros. Não adianta o time ganhar só em casa. Mas não temos tempo para lamentar Temos uma oportunidade na sexta de recuperar a derrota. Não dá pra achar que uma partida vai ser decisiva para as nossas pretensões – completou.