Argel Fucks conseguiu uma vitória na sua estreia como técnico do Avaí. Ex-técnico do rival Figueirense, Argel montou um time agressivo, no esquema 4-3-3. Sobre a partida, Argel diz que o grupo não fez mais que obrigação:
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– Acho que nós não fizemos mais do que obrigação de ganhar em casa. Jogamos contra um adversário forte, um adversário que vem bem no segundo turno. Nossa equipe jogou um bom futebol. Jogamos um primeiro tempo muito bom. Merecemos ganhar o jogo, especialmente pelo que a equipe produziu no primeiro tempo. Finalizamos inúmeras vezes e é mais do que justo a nossa equipe ter conseguido o resultado positivo, que foi a vitória – falou Argel.
O técnico falou também sobre a saída de Cleber Santana e o setor de criação do Leão:
– Trabalhamos apenas dois dias. Nós perdemos um jogador que era referência, o Cleber Santana, e agora estamos atrás desta nova referência no meio-campo. Acho que o Camilo pode ser esse jogador. Temos agora também o Erick Flores, que é um jogador de articulação, um meia-armador. Ainda buscamos uma melhor escalação, ainda buscamos uma definição. Tivemos uma posse de bola maior, especialmente depois que fizemos um a zero, em momento algum passou algum susto com o adversário, dominamos o adversário. Meceremos o resultado, a equipe está de parabéns, tivemos apenas dois dias para trabalhar e o grupo se mostrou muito bem em campo. Estamos no caminho certo, mas não fizemos mais do que obrigação de conseguirmos um bom resultado – disse Argel.
Para Argel, o Avaí tem de esquecer a “cleberdependencia”:
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– Sem dúvida. Temos que parar de falar do Cleber Santana. Ele foi importante, claro. Ele estava esquecido no São Paulo e teve a coragem de vir jogar no Avaí e ele se valorizou novamente. Mas acho que nossa equipe não preza pelo individual, preza pelo coletivo. Futebol não é tênis. Nossa equipe trabalhou muito ao longo do jogo. Fomos mais incisivos no segundo tempo e jogamos mais ofensivamente. Nós fizemos um primeiro tempo bom e um segundo tempo muito bom – disse o técnico azurra.
Após o jogo, Argel flaou também sobre a entrada de Nunes e Evando:
– Eu tenho uma convicção. Muitas vezes dentro do campo eu fico surdo, estou concentrado no jogo. Então a gente sempre toma decisões baseados na razão, e não na emoção. Se naquele momento seguramos um pouco foi porque o Julinho pediu para sair, ele estava com problema no ombro e naquele momento nós íamos colocar o Pirão na esquerda e trazer o Acosta para fazer a meia com o Camilo e colocamos o Evando e o Nunes na frente. Sabemos da identificação que o Evando tem com a torcida. É um jogador que precisa entrar na hora certa, no momento certo, nós precisamos saber do melhor momento para ele entrar, para ele produzir e fazer o que fez hoje, que é fazer gol. Ele é um goleador nato. Basicamente é isso, não tomamos nenhuma decisão no calor. Precisamos ser frios e calculistas nesses momentos – explicou o treinador.
Quanto à confiança em subir para a Série A, o técnico aponta que é preciso pensar jogo a jogo:
– Vamos pensar jogo a jogo. Vencemos um jogo de seis pontos contra o Guaratinguetá. E agora temos um jogo de seis pontos contra o líder dentro de casa. É difícil você jogar e ganhar nove jogos? É difícil, mas não é impossível. E esse grupo já mostrou isso no Campeonato Estadual. Se ele já fez uma vez, pode repetir. A gente acredita, com o pé no chão. Temos que pensar no jogo com o líder no sábado – finalizou o técnico, após a partida contra o Guaratinguetá.