Em oito jogos como comandante do Avaí, Argel conquistou quatro vitórias e sofreu quatro derrotas. O aproveitamento de 50% dos pontos disputados não era o esperado pelo treinador quando assumiu o time, no dia 19 de setembro. Ainda assim, Argel se mostra satisfeito com o trabalho à frente do Leão, que considera regular.
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– Eu acho que a gente tem feito um trabalho regular, digamos assim. São quatro vitórias e quatro derrotas. Fizemos 10 gols e levamos 10. Nós precisamos é melhorar o nosso rendimento fora de casa – afirmou Argel.
Para o treinador, o trabalho foi prejudicado pelo fato de o Avaí ter perdido jogadores como Cleber Santana, artilheiro do time até hoje, e Renato Santos, zagueiro titular no Flamengo. Tanto que Argel utilizou os dois para justificar o seu rendimento no clube nos 45 dias de trabalho. Segundo Argel, o aproveitamento poderia ser melhor com os dois atletas em campo, mas isso não é desculpa para o baixo rendimento, que ainda pode melhorar nos últimos cinco jogos.
– Pegamos o time em 9º colocado, com o Cleber Santana e com o Renato. E agora, sem esses dois jogadores, nós continuamos na 9ª colocação. É claro que eu gostaria de ter um aproveitamento de 70%. Mas nós estamos trabalhando, estamos fazendo o possível e o impossível para ter um aproveitamento melhor e acabar o campeonato de uma forma digna e profissional.
Contratado para ‘chacoalhar’ o elenco, que vinha caindo de produção nas mãos de Hemerson Maria, Argel chegou com o bonde andando, situação pela qual já passou outras vezes na carreira. O Avaí apostou em seu estilo inquieto à beira do gramado e característica de cobrar os jogadores a todo tempo para tentar mudar o cenário para a reta final da Série B. Para Argel, nenhuma novidade que chegasse a tirar seu sono.
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– Uma coisa engraçada na minha carreira é que nunca me chamam quando as coisas estão tranquilas. Quando eu fui para o Joinville, o time era vice-lanterna e não tinha ganhado um jogo. Quando assumimos o Criciúma, o time havia quase caído para a Série D. Então nós montamos uma equipe, contratamos 25 jogadores e subimos para a Série B. Quando fomos contratado pelo Figueirense, o time havia tomado cinco gols do maior rival em dois jogos. Então estou acostumado. A gente sabe que quando o bicho está pegando é que nós somos contratados – lembrou o treinador.
Na partida desta noite, contra o Ceará, em Fortaleza, no estádio Presidente Vargas, Argel terá a chance de melhorar seu aproveitamento no Avaí. Para isso, precisa fazer o time voltar a vencer fora de casa, algo que não acontece há 17 rodadas. Como sempre, o pensamento é a vitória, mas se ela não vier, Argel também não entrará em desespero.
– Eu sou profissional, vivo no futebol há 20 anos. E futebol de alto rendimento, de críticas e elogios, de competição. Então estamos acostumados com cobranças. Não é novidade nenhuma – destacou o experiente treinador, que espera que em 2013, com mais tempo para trabalhar, a história seja diferente.
– É importante (ter tempo para preparação) a um médio prazo. É só você ver, o Criciúma vive um grande momento porque o Paulo Comelli teve 40 dias para trabalhar o time. O Criciúma contratou os jogadores com um perfil que o treinador esperava. E também por isso fazem uma campanha tão boa.
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