Orçada em R$ 538 milhões, a Arena da Amazônia dificilmente será palco de jogos do Campeonato Amazonense. Em crise há mais de duas décadas, os times locais, como São Raimundo, Rio Negro e Fast, não têm público para lotar o novo estádio da Copa.

Continua depois da publicidade

A alternativa encontrada pelo governo estadual é torná-la em espaço multiuso, onde poderão ser realizados shows, eventos culturais e grandes congressos.

– Claro que Arena foi construída com foco no futebol, mas também temos que ser realistas: o trabalho que está sendo feito pelo nosso futebol levará tempo para dar resultados. Acreditamos nos nossos times, tenho certeza que o torcedor vai prestigiar a nova Arena e terá orgulho do nosso estádio – afirma o coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) do Amazonas, Miguel Capobiango.

Depois do Mundial, a arena será administrada por uma empresa terceirizada que deverá ser contratada no ano que vem. Ainda neste mês, será aberto um edital para contratar um instituto de pesquisas que realizará um estudo de mercado. O objetivo é identificar o público potencial para uso comercial do estádio. De acordo com o coordenador da UGP Copa, a ideia é fazer do espaço um uso compartilhado.

– As instalações poderão ser utilizadas com vários eventos ao mesmo tempo. Mas também vamos amarrar em contrato a participação dos times locais. Nossa prioridade será o futebol e esses eventos precisam ser respeitados pela empresa administradora – explica Capobiango.

Continua depois da publicidade

O novo estádio está com 58% de obra concluída, se preparando para receber o grande diferencial da obra, a cobertura, que terá formato de um cesto de palha. As peças vindas de Portugal devem chegar a Manaus nos próximos 20 dias.

Quinta-feira passada, a arena teve a visita do Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que se mostrou satisfeito com o andamento dos trabalhos.

– Sempre que venho aqui me surpreendo com a evolução, mesmo diante de tanta chuva que cai aqui – declarou o ministro.

Rebelo afirmou que não só Manaus, mas as outras cidades-sede que enfrentam o mesmo problema, como Cuiabá, Brasília e Natal, devem encontrar alternativas para manter as arenas, mas manter a prioridade para o futebol:

Continua depois da publicidade

– Vamos ser otimistas e acreditar que, após a Copa, o Brasil, de Norte ao Sul, vai respirar mais ainda o futebol.