Entre os vários espaços da 25ª Festa Nacional do Pinhão, um deles faz o maior sucesso. Logo em sua estreia em um dos maiores eventos do Sul do Brasil, a Arena Cultural recebe públicos de diversas idades para prestigiar atrações que satisfazem a todos os gostos e contemplam as mais variadas formas de expressão da cultura.
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Montada em um pavilhão onde ocorrem leilões de gado em eventos promovidos pelo Sindicato Rural de Lages, proprietário do Parque Conta Dinheiro, a Arena Cultural conseguiu se transformar em um confortável teatro no qual público e artistas ficam muito próximos e proporcionam uma intensa troca de energia.
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A capacidade máxima é para 275 pessoas sentadas na arquibancada fixa do local e em cadeiras improvisadas. A cancha de terra batida onde fica o gado durante os arremates recebeu um tablado de madeira e uma passarela, possibilitando ao público transitar por toda a arena para acompanhar as apresentações em todos os ângulos.
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As paredes receberam a exposição ‘O último verão de Agostinho Malinverini Filho’, com obras de arte e fotos de um dos maiores artistas de Santa Catarina, que completaria um século de vida neste ano. O nome da exposição refere-se a uma foto feita no verão de 1970, em Balneário Camboriú, quando o artista posou pela última vez ao lado da família, um ano antes de morrer vítima de câncer provocado pelo cheiro da tinta tóxica que ele usava em suas obras.
– Este espaço é mais um reconhecimento do patrimônio que o meu pai deixou para Lages e Santa Catarina, além de colocar a cultura em evidência -, diz a professora Tânia Regina Malinverni Bloch, de 59 anos, filha de Agostinho e que chorou muito ao visitar a exposição.
Um dos destaques da Arena Cultural é o ecletismo, que vai do lançamento de livros – o chargista do DC, Zé Dassilva, lançou dois no sábado à noite – a apresentações de balé, orquestra sinfônica, música caipira, rap e rock anos 70. E a Arena Cultural está dando tão certo que deve continuar e crescer na próxima edição da festa.
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– A identidade se manifesta na diversidade, e essa é a proposta. Grupos culturais precisavam ser reconhecidos, e isso só ocorreria em eventos oficiais, como a Festa do Pinhão. Tornamos o espaço atraente à atividade artística, e queremos mais em 2014 -, conclui o coordenador da Arena Cultural, Adilson Freitas.