Um passo importante para evitar desastres naturais em Jaraguá do Sul está na visita de profissionais do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), a áreas de risco da cidade de 142 mil habitantes. A intenção dos geólogos é conhecer a geografia e o tipo de solo existente nessas áreas.
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As informações obtidas pelos técnicos Bruno Elldorf e Deyna Pinho até o dia 16 serão enviadas para o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, em Cachoeira Paulista (SP).
O sistema tem a função de alertar as defesas civis municipais sobre os riscos de alagamentos e deslizamentos. O centro é uma forma de o governo federal melhorar a estatística que indica que apenas 3,4% dos municípios vulneráveis a deslizamentos têm estudo geológico sobre riscos.
Nesta quinta, os profissionais visitaram bairros atingidos por enxurradas nos últimos três anos. Entre eles, Boa Vista, Ilha da Figueira, Czerniewicz, Barra do Rio Cerro, Rio Molha e Baependi. Com os dados, o centro de monitoramento poderá alertar a Defesa Civil de Jaraguá sobre risco de alagamento ou deslizamento nas áreas mapeadas.
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Geólogo há 30 anos, Elldorf afirma que Jaraguá está até à frente de outras cidades em relação ao trabalho da Defesa Civil.
– Não é toda a cidade que conta com essa estrutura -, calcula ele, que trabalhou na região serrana do Rio de Janeiro e em cidades alagoanas, atingidas por enchentes que causaram tragédias em 2010.
A Defesa Civil prevê ainda para dezembro a instalação de 29 sensores climáticos adquiridos em parceria com universidades. Doze sensores servirão para medir o nível de água da chuva; outros 12, para medir o nível de rios; e cinco, para avaliar a umidade do solo em encostas. No fim de dezembro de 2008, 13 moradores de Jaraguá morreram devido a deslizamentos de terra causados por chuvas.
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