A toxina diarreica (DSP) voltou a ser encontrada em moluscos bivalves de quatro localidades do litoral catarinense. Nesta quinta-feira, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca interditou Zimbros e Canto Grande, em Bombinhas, Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis, e o município de Porto Belo.
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A partir desta sexta está proibida a retirada, comercialização e consumo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões dessas áreas. Desde o dia 22 de agosto, a Secretaria da Agricultura e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina vem monitorando e interditando as localidades contaminadas pela toxina.
A expectativa é de que nos próximos dias as toxinas produzidas pelas algas desapareçam e as áreas sejam desinterditadas. A suspensão da interdição acontece após dois laudos laboratoriais consecutivos comprovarem que não há mais a presença da DSP nem na água nem nos moluscos.
Os exames são realizados pelo Laboratório Oficial de Análise de Resíduos e Contaminantes em Recursos Pesqueiros – LAQUA-Itajaí-IFSC, a partir de amostras colhidas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
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Apesar da desinterdição do restante do Litoral, a Cidasc continua coletando amostras para monitorar a presença da toxina diarreica na água e nos moluscos bivalves.
Foto: Marco Favero, Agência RBS
Toxina diarreica (DSP)
A toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores.
A presença de Dinophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008. Uma das explicações para o fenômeno são as condições ambientais favoráveis para a proliferação dessas algas: maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar.
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Sintomas
Os sintomas causados pela DSP são náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias.