O incêndio ocorrido no domingo, no Parque da Serra do Tabuleiro, atingiu uma área de 22 hectares, que deve levar 10 anos para ser recuperada, segundo a servidora da unidade de conservação, Morgana Eltz Henrich. Para ela, o incidente não ocorreu por causas naturais e o principal impacto é biológico.
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– Naquela área vivem uma séria de carcarás, lagartos, cobras e insetos – explica.
O local é uma área de restinga, que dificilmente teria um incêndio natural. Segundo Morgana, mesmo uma bituca de cigarro jogada acidentalmente na vegetação não teria capacidade de produzir chamas de grandes proporções.
A baixada do Maciambú, onde ocorreu o incidente, é descrita no site do Parque como um “monumento geológico”, dada sua formação de cordões arenosos criados pelo movimento do mar.
Próximo ao de 2012
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O local fica próximo ao do incêndio de 2012, considerado o maior da história do Parque. Entre 3 e 5 abril daquele ano, o fogo atingiu 840 hectares. Segundo Morgana, não será feita nenhuma ação de recuperação da área atingida, sendo que todo o local deve se recuperar naturalmente.
– Ela só se recupera se ficar intocada, caso haja ação humana, ela pode se deteriorar ainda mais – explica.
A Fatma informou que vai registrar um Boletim de Ocorrência e deve aumentar a fiscalização na região.