O arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, afirmou na manhã desta quarta-feira (12) que “é preciso vencer os dragões do ódio e da mentira”. A frase fez parte da homilia da missa solene na basílica do Santuário Nacional de Aparecida, lotada e com gente aglomerada do lado de fora.

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Dom Orlando é natural de Urubici (SC) e se tornou o quinto arcebispo da arquidiocese de Aparecida em 2017. Anteriormente, ele foi bispo de Joinville durante 12 anos, tendo sido nomeado bispo de Londrina (PR) em 2006 pelo Papa Bento XVI.

Na fala desta quarta-feira, dom Orlando disse que é preciso escutar Maria e a população. “Maria venceu o dragão, e temos muitos outros que ela vencerá.” Após citar que o da pandemia já havia sido vencido, mencionou os do ódio e da mentira.

— Temos o dragão do ódio, que faz tanto mal, e o da mentira. E a mentira não é de Deus, é do maligno — afirmou o religioso, que listou em seguida os dragões do desemprego, da fome e da incredulidade.

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Ele também defendeu a importância do voto, em uma referência ao segundo turno, no próximo dia 30, à Presidência e aos governos estaduais. “É necessário exercer esse direito”, afirmou.

— Está faltando pão, faltando fraternidade. Esse é o vinho que precisamos nos dias de hoje — disse, em outro trecho do sermão.

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Arcebispo já deu sermão contra armamento

No ano passado, durante seu discurso, o arcebispo pregou “vamos abraçar os nossos pobres e também nossas autoridades para que juntos construamos um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, em uma referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), defensor do armamento, que mais tarde visitou o santuário.

No dia seguinte, o presidente rebateu o bispo dizendo que respeitava o religioso, mas que antes no Brasil “só bandido tinha arma de fogo”. Candidato à reeleição, o presidente é esperado no santuário de Aparecida nesta quarta-feira novamente. A expectativa é que ele chegue por volta de 14h.

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*Por Fábio Pescarini.

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