A partida entre Brusque e Marcílio Dias pela Divisão Especial do Campeonato Catarinense, a segunda divisão do futebol estadual, não deve acabar tão cedo. O jogo, que não teve apito final devido a uma confusão iniciada aos 38 minutos do segundo tempo, deve ser decido no Tribunal de Justiça Desportiva – SC. Na tarde desta segunda-feira, foi conhecida a versão do árbitro da partida Edson da Silva.
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O árbitro usou todo o espaço dedicado a descrição dos fatos no documento e ainda anexou mais uma página para concluir sua perspectiva sobre a confusão que segundo ele começou aos 13 minutos do segundo tempo, quando ele expulsou diretamente o atleta brusquense Sergio Roberto de Braga Filho por reclamação. Nesse momento a partida estava 2 a 0 para o Brusque. Mas o Marcílio tinha um pênalti a favor que foi convertido na sequência.
> Confira a súmula escrita pelo árbitro
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Referente aos 23 minutos do segundo tempo, o árbitro relata que foram arremessados objetos por parte de torcida do Brusque em direção ao quarto árbitro da parida. Mas foi só aos a partir dos 36 minutos que o tempo fechou no estádio Augusto Bauer.
Foi quando ele expulsou diretamente o jogador João Paulo de Melo do Brusque, novamente por reclamação. “O mesmo falou as seguintes palavras: Vai se f…., car…., tudo contra nós esse m…. apita” escreve na íntegra o árbitro para justificar a decisão.
Dois minutos depois Edson da Silva marcou outro pênalti contra o Brusque – que nunca foi cobrado. Nesse momento o árbitro relata que mais objetos foram lançados dentro do campo. Em seguida, o gramado foi invadido pelo preparador físico, pelo presidente e pelo diretor de futebol do Brusque. Além deles, o vereador municipal André Rezini também partiu em direção ao árbitro
Jogo vira confusão generalizada
Segundo o árbitro, todos os quatro integrantes da comissão brusquense tentaram agredí-lo fisicamente. O presidente Danilo José Rezini foi contido pelo polícia militar. Mas os os demais tiveram tiveram sucesso no seu ímpeto.
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“Porém o Sr. André Rezini me agrediu com um chute no joelho esquerdo e o Sr. Klauber Soares (preparador físico) me agrediu com um soco em minha orelha direita.” relata na súmula o árbitro da partida.
Já no trecho final do seu relato, o árbitro descreve que na porta do vestiário, o jogador André Luiz de Souza do Brusque arremessou uma cadeira plástica em sua direção. Por fim ele concluí que ao saber da polícia militar que não havia mais condições de jogo, decidiu por suspender a partida.