Luiz Carlos de Oliveira Magalhães, 33 anos, é alvo dos alvinegros nesta semana. Na verdade, o que chama a atenção nesse cearense é sua inexperiência na arbitragem, pois ele apitou apenas uma partida na elite nacional, no ano passado, e irá comandar no sábado, às 21h, o jogo entre Internacional e Figueirense, no Beira-Rio.
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Confira a tabela da Série A
No novo sistema de sorteio da CBF, a Comissão Nacional de Arbitragem divide os árbitros em 10 grupos, já com árbitros pré-definidos para cada partida, fazendo o sorteio de qual grupo irá atuar na rodada. Assim abre espaço para que árbitros mais inexperientes atuem em partidas importantes, já que nem todos os profissionais daquela escala serão aqueles considerados da primeira linha.
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Inter x Figueira, que lutam contra o rebaixamento na elite nacional, tiveram o azar de pegar um árbitro com apenas um jogo na Série A.
O presidente do Furacão, Wilfredo Brillinger, garante que está tranquilo com relação a arbitragem de Luiz Magalhães.
– A CBF coloca vários árbitros no sorteio, alguns com experiência e outros não. Esse é o critério hoje, por isso vemos jogos importantes com árbitros não tão experientes. Espero que ele não se deixe levar pela pressão da torcida e dos jogadores, que saiba apitar com imparcialidade e dentro das regras do futebol – comentou o presidente ao repórter Fabiano Linhares, da CBN Diário.
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Carlos Eugênio Simon
Ex-arbitro Fifa, apitou em três Copas do Mundo e atualmente é comentarista da Fox Sports
“Tinha que ser mais cascudo”
De fato é um árbitro jovem. Mas a culpa dessa pressão não é dele e sim da comissão da CBF. Ele pode ser um sujeito honesto e boa gente, mas o jogo requer um árbitro experiente. As duas equipes lutam contra o rebaixamento e na minha opinião tinha que ser um árbitro mais cascudo. Nada contra o Luiz Magalhães, mas eu já vinha criticando a comissão de arbitragem por esse novo método de sorteio. Nós temos 10 árbitro, Fifa, onde estão eles? Temos que acabar com o sorteio e profissionalizar a arbitragem. Árbitros novos têm que ser testados em jogos com menos peso. O sorteio é injusto e não coloca os melhores profissionais nos jogos da Série A e Copa do Brasil.
Leonardo Gaciba
Ex-arbitro Fifa e atualmente comentarista da TV Globo
“Clima de insegurança”
O sistema atual de sorteio da CBF é o grande erro. A arbitragem é um processo evolutivo, mas ninguém começa apitando em grandes jogos. O Luiz Magalhães não é conhecido e isso já gera um clima de insegurança. Eles escalam o árbitro e torcem para nada dar errado, não é assim que funciona. Ele apitou na 22ª rodada da Série A de 2015 e só agora volta. É um sinal que a comissão não tem confiança nele. Algo que me chamou a atenção foi que o Paulo Jorge Alves (ouvidor da arbitragem, da CBF) quando fez o sorteio leu o nome do Luiz como Luiz Magal, que é uma abreviatura. Quer dizer, ele não conhece o árbitro, porque se conhecesse não cometeria essa gafe.
Os jogos nacionais de Magalhães nas últimas três temporadas
2014
Série C – Duque de Caxias 0 x 2 Guarani
Série D – Central 2 x 1 Jacuipense
Série D – Globo 4 x 2 Ipatinga
2015
Série B – Santa Cruz 0 x 1 ABC
Série B – Paysandu 2 x 1 Paraná
Série A – Atlético-PR 1 x 0 Chapecoense
Série B – Náutico 1 x 1 Macaé
Série B – Botafogo 3 x 1 ABC
Série B – Criciúma 0 x 0 Mogi Mirim
Série D – Globo 1 x 0 Campinense
2016
Série B – Náutico 3 x 2 Vila Nova
Série D – Sousa 4 x 3 Galicia
Série B – Paraná 0 x 0 Paysandu
Série D – Moto Club 1 x 0 Águia de Marabá
Série C – Tombense 4 x 0 Mogi Mirim
Série C – Guaratinguetá 0 x 4 Botafogo
Série B – Paysandu 3 x 0 Bragantino