La Bombonera, estádio do Boca Juniors, da Argentina, um dos mais imponentes do mundo. Local conhecido pela pressão dos xeneizes, que conseguem deixar o ambiente hostil para o time adversário e, principalmente, para o trio de arbitragem. Será assim hoje, às 20h15min, quando o Boca enfrentar o Nacional pela quartas de final da Copa Libertadores. Neste clima, o árbitro Heber Roberto Lopes completará 100 jogos internacionais desde que ganhou o escudo Fifa em 2002. Uma marca especial em um confronto especial, já que vale vaga na semifinal. No Uruguai, os dois times empataram por 1 a 1.
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Confira a tabela da Série A
Em 2013, o paranaense Heber passou a arbitrar pela Federação Catarinense de Futebol (FCF). A intenção da entidade era trazer um árbitro experiente e que desse ao apito estadual respeito nacional. Desde então, a arbitragem de SC ganhou projeção.
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E 2016 tem sido especial para Heber Roberto Lopes. Eleito sem contestações o melhor árbitro do Campeonato Catarinense, ele está há 17 partidas de alcançar a marca de Carlos Eugenio Simon, hoje comentarista dos canais Fox Sports e brasileiro com mais jogos internacionais.
– O único que passou da marca de 100 jogos foi o Simon e estou na expectativa de ultrapassá-lo. Acho difícil, mas vamos tentar. Estou me preparando para isso – disse Heber.
No dia 13 de julho, o árbitro da FCF chega aos 44 anos e como tem um bom condicionamento físico, tem condições de apitar até os 50, idade máxima para fazer parte do quadro da Fifa.
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– Para apitar assim em alto nível você tem que ter uma preparação especial. Quando se tem 25 anos é mais fácil. Porém, com a idade que tenho hoje você precisa de um staff com nutricionista e preparador físico. A Federação Catarinense me ajuda muito também. Quando me trouxeram passei a apitar mais jogos internacionais, por ser uma federação atuante – completou.
Árbitro brasileiro na Copa América
Ao lado do assistente catarinense Kléber Lúcio Gil, Heber será o representante do Brasil na Copa América Centenário, que começa no dia 3 de junho, nos Estados Unidos. Para ele, são competições assim que ficam marcadas na carreira:
– Os mundiais que eu apitei, mesmo sendo sub-17 e 20, são jogos que chamam muito a atenção. A final da Copa Sul-Americana no ano passado (entre Santa Fé-COL e Huracán-ARG) foi muito legal, um reconhecimento do trabalho – garante.
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Pensando no futuro, Heber Roberto Lopes está estudando jornalismo na Univali. Formado em educação física, ele quer no futuro trabalhar na imprensa.
– É bom para entender o lado da imprensa também. Comecei a compreender melhor as coisas. Mesmo com as viagens eu tenho uma flexibilidade que a internet proporciona para acompanhar os conteúdos e o entendimento dos professores – finaliza.