O árbitro Sandro Meira Ricci citou na súmula da partida Chapecoense 1 x 3 Joinville, realizada no último domingo, que o massagista do Verdão, Sérgio Luiz Ferreira de Jesus, foi chamado de “macaco” por um torcedor da própria Chape durante o jogo.
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Por conta desta suposta injúria racial, a procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD-SC) fez uma denúncia enquadrando a Chapecoense no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) — praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
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— Ao final do jogo, fui informado pelo supervisor da Chapecoense Emerson Fabio Di Domenico (o Chinho) e pelo massagista Sergio Luiz Ferreira de Jesus que naquele incidente ocorrido aos 10 minutos, acima descrito, um torcedor chamou o Massagista da Chapecoense de “macaco, filho da p*”, após o mesmo pedir calma aos torcedores. Sendo que, este último evento não foi presenciado pelo 4º Árbitro — escreveu Ricci na súmula, mencionando o episódio em que torcedores do Verdão xingaram membros da comissão técnica do clube.
O Verdão não corre risco de perder mando de campo e se for punido será apenas multado — com valores entre R$ 100 e R$ 100 mil.
— Sobre o caso estamos estudando imagens para identificar a pessoa que fez o xingamento para que possamos fazer um boletim de ocorrência. Se não conseguirmos identificar não terá como fazer um BO — explicou Luís Sérgio Grochot, advogado da Chapecoense, que espera ver a denúncia do TJD-SC para ver as ações que serão tomadas caso o clube seja julgado.
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Confira o que está na súmula:
“Por volta dos 10 minutos do 2º tempo, o 4º árbitro presenciou alguns torcedores da Chapecoense que estavam próximos ao banco de reservas da própria Chapecoense, fora do alambrado, proferirem alguns xingamentos (burro, filho da p*) à comissão técnica, sendo que o policiamento foi acionado para conter os ânimos. Ao final do jogo, fui informado pelo supervisor da Chapecoense Emerson Fabio Di Domenico (o Chinho) e pelo massagista Sergio Luiz Ferreira de Jesus que naquele incidente ocorrido aos 10 minutos, acima descrito, um torcedor chamou o Massagista da Chapecoense de “macaco, filho da p*”, após o mesmo pedir calma aos torcedores. Sendo que, este último evento não foi presenciado pelo 4º Árbitro”.