O empate em 2 a 2 entre Brasil de Pelotas e Londrina, pela semifinal da Série D, foi terminar na delegacia da cidade paranaense devido a uma briga generalizada que envolveu jogadores, comissão técnica e funcionários de ambas as equipes no campo de jogo.
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Na súmula eletrônica assinada pelo árbitro da partida, o goiano Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, e divulgada no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foram expulsas sete pessoas que teriam participado do tumulto – três do Londrina e quatro do Brasil. Entre eles, o goleiro Eduardo Martini, do time pelotense, que tenha desferido um soco no rosto de um integrante da comissão técnica paranaense.
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Martini foi um dos jogadores que seguiu até a delegacia após a partida. Em entrevista a Zero Hora, ele negou que teria sido algemado pela polícia ou agredido alguém. Afirmou que foi à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). No texto assinado pela arbitragem, Valadão escreve:
“Aos 28 minutos do 2º tempo, quando a partida se encontrava paralisada, expulsei diretamente do campo de jogo o atleta nº 01, Sr. Eduardo Martini, do G. E Brasil, por dar um soco no rosto de um membro oficial da equipe do Londrina E. C, o qual se encontrava fora do campo de jogo, vulgo “Chimbinha”, durante o confronto citado anteriormente. Logo após ser socado, “Chimbinha” caiu no chão e foi atingido por com um chute no rosto por um atleta substituto do G. E Brasil, o qual não foi identificado por usar colete e estar no meio do confronto”.
“Chimbinha” é na verdade Chimbika, apelido do roupeiro do Londrina, Sidnei Schelian. Conforme nota divulgada pelo clube, ele foi levado ao hospital após “sofrer chutes de jogadores do Brasil de Pelotas” e “recebeu mais de 15 pontos no lábio superior da boca”. Schelian teve alta no domingo.
Ainda segundo o relato do árbitro, o técnico do Brasil, Rogério Zimmermann, foi expulso aos 26 minutos do segundo tempo após reclamar do gol de empate do Londrina. “Vocês são uma piada, estão de sacanagem com a gente, arbitragem é um circo”, teria dito Zimmermann de acordo com Valadão. O juiz ainda cita uma suposta provocação do treinador frente à torcida e ao banco de reservas adversário enquanto saía do gramado.
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A briga generalizada teria iniciado dois minutos depois. O árbitro cita uma confusão na entrada dos vestiários “localizados atrás da meta defendida pelo goleiro da equipe G. E. Brasil”, acrescentando que não foi possível “precisar quem a desencadeou”. A confusão durou 22 minutos.
Entre os expulsos estão o técnico Cláudio Tencati, o fisioterapeuta Marcelo Rockenbach e o jogador Allan Vieira, do Londrina, e o auxiliar técnico Alex Lessa, o preparador físico João Beschorner, o massagista Paulo Sérgio e o goleiro Eduardo Martini, do Brasil.
Veja mais imagens da confusão: