Mesmo perdendo por 2 a 0 para o Corinthians, a torcida do Criciúma deu show no domingo. Mais de 17 mil pessoas cantaram e aplaudiram o Tigre no Majestoso, emocionando toda a equipe. O problema é que parte da celebração envolveu o uso de sinalizadores, proibidos pelo regulamento da CBF. A situação foi relatada pelo árbitro Sandro Meira Ricci na súmula da partida e pode acarretar ao clube uma punição maior pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com perda de mando de campo e até multa em dinheiro.
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Assim que acesos os artifícios, aos 44 minutos do segundo tempo, o árbitro Sandro Meira Ricci parou o jogo por cinco minutos, até que fossem apagados, como consta na súmula eletrônica da arbitragem divulgada no site da CBF nesta segunda-feira:
– A partida foi paralisada aos 44 minutos do 2º tempo devido a utilização de sinalizadores na torcida do Criciúma E.C., ficando interrompida por 05 (cinco) minutos. Imediatamente após o reinício (cerca de 15 segundos), novamente foi paralisada devido a utilização de sinalizadores na torcida do S.C. Corinthians, ficando interrompida por 01 (um) minuto – destaca o relato do árbitro.
O procurador catarinense da STJD, Aldo Abrahão Massih Junior, aponta que, considerando casos anteriores, a probabilidade de o clube ser punido com perda de mando de campo e multa é alta, embora ainda não seja possível determinar. A súmula escrita será levada em conta pelo procurador responsável pelo caso, ainda a ser definido pelo subprocurador geral Willian Figueiredo de Oliveira. Com avaliação minuciosa dos fatos, poderá ser levado em conta antecedentes do Criciúma para atenuar a punição.
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Outra questão que serve como atenuante é a identificação dos torcedores responsáveis pela infração por parte do clube. Albert Zili dos Santos, advogado do Criciúma responsável pelo caso, informa que os torcedores responsáveis já foram identificados, mas que só haverá continuidade nos procedimentos por parte do clube assim que a súmula escrita for divulgada.
Vadão espera bom senso
O técnico Vadão espera que a questão seja tratada com bom senso, considerando que não houve violência por parte dos torcedores na ação. Ainda segundo o treinador, os artefatos eram permitidos durante o Campeonato Catarinense.
– Não houve nenhum tipo de agressividade. A torcida fez uma grande festa, embora esteja errado. Espero que não sejamos punidos. Acredito que a torcida talvez não tivesse a consciência de que não podia usar esse tipo de fogos, que foram liberados para o nosso campeonato regional – aponta ele.
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A mesma situação já aconteceu com o próprio Corinthians anteriormente e com a Chapecoense, que em abril cumpriu a punição de perda de mando de campo, tendo que jogar no estádio Josué Anonni, em Xanxerê.