Sempre que é questionado sobre os efeitos da vinda da BMW para Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo repete o discurso: a imagem do Estado no exterior atingiu um patamar de qualidade até então não alcançado desde que a multinacional alemã anunciou que construiria sua primeira fábrica da América Latina em Araquari.
Continua depois da publicidade
Agora, todos querem saber o que a montadora de veículos, sinônimo de charme e de luxo, enxergou na região – e mais especificamente no pequeno município, antes um mero coadjuvante diante de cidades como Joinville e Jaraguá do Sul.
É verdade que as origens germânicas e os incentivos fiscais oferecidos pelo governo do Estado pesaram na decisão da BMW de aportar por aqui depois de longos 18 meses de negociações. Mas esses não foram os fatores predominantes.
O que torna Araquari uma grande vitrine são os seus diferenciais logísticos e geográficos. A cidade é um verdadeiro corredor industrial, localizada em uma área que abrange, em um raio de 150 km, duas rodovias federais, três aeroportos e quatro portos. Por esta região passa uma significativa parcela do que é produzido em Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
A Prefeitura da cidade sabe deste potencial – e tem tirado bastante vantagem dele. Este é um dos principais argumentos utilizados na prospecção de novos negócios, revela o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, Clenilton Carlos Pereira.
– Araquari deixou de ser só a cidade vizinha de Joinville. Ela é uma extensão, com tudo o que Joinville pode oferecer. Só que menos burocrática – afirma.
Nos últimos anos, os investimentos industriais na cidade têm crescido gradativamente. Apesar disso, quem visita Araquari custa a acreditar que ali esteja acontecendo uma revolução econômica, tamanhos são seus ares de município interiorano.
Continua depois da publicidade