O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), abriu nesta quinta-feira, às 10h25min, a sessão para ouvir o ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB) e os arapongas Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, e Jairo Martins de Souza.

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Cerca de duas horas mais tarde, às 12h40min, os três depoentes já haviam sido dispensados pelo presidente da CPI. Dadá e Jairo foram liberados poucos momentos depois de chegarem à sessão, logo que manifestaram que exerceriam seus direitos constitucionais de permanecerem calados.

Primeiro a depor, Garcez, preso pela Operação Monte Carlo, expôs sua defesa, mas afirmou que não responderia às perguntas dos parlamentares. O ex-vereador disse que nunca entregou dinheiro ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e que as gravações feitas pela Polícia Federal no inquérito são “montagens”.

O ex-vereador confirmou que era contratado pela empresa Delta Construção, suspeita de ligação com a organização investigada. Ele disse que trabalhava como assessor do então diretor regional da empresa no Centro-Oeste, Cláudio Abreu e, por esse trabalho, recebia R$ 20 mil.

Veja os boletins com os principais momentos da sessão:

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13h – Dispensados os depoentes, parlamentares fazem uso da palavra para discutir os rumos do trabalho da comissão.

12h30min – O araponga Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, é chamado para a sessão. Questionado pelo presidente da CPI se iria colaborar e responder às questões dos parlamentares, responde que usará “seu direito constitucional de permanecer calado”. Em seguida, é dispensado por Vital do Rêgo. O mesmo acontece com o segundo araponga a depor, Jairo Martins de Souza.

12h – Os parlamentares seguem inquirindo o depoente, que continua afirmando que exercerá “seu direito constitucional de permanecer em silêncio”. Com a falta de respostas, às 12h15min, o ex-vereador é dispensado pelo presidente Vital do Rêgo e deixa a sessão. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) pede que o vice-presidente da CPI seja eleito na sessão da próxima terça-feira e a proposta é acatada pelo presidente.

11h30min – O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), faz perguntas ao depoente, que não responde às questões. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirma que os questionamentos do relator visam “desestabilizar um partido apenas”, no caso, o PSDB, e pede que Cunha formule as perguntas “como quem quer investigar um todo”.

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11h – A sessão começou por volta de 10h25min. O ex-vereador Wladimir Garcez foi o primeiro depoente e afirmou que não faz parte “de nenhuma organização criminosa”. Garcez diz que não reconhece as provas coletadas pela Polícia Federal e, assim como Cachoeira, usará seu “direito constitucional de permanecer calado”.

Advogado de arapongas diz que clientes ficarão em silêncio

O advogado de Jairo e Dadá, Leonardo Gagno, disse, antes da abertura da reunião, que os seus clientes vão permanecer em silêncio durante o depoimento.

– Eles não vão falar porque a matéria de prova está toda calcada nas escutas telefônicas, que nós sustentamos que são ilegais. Hoje, para nós sustentarmos uma linha de defesa coerente, eles têm que permanecer em silêncio – disse o advogado.

Gagno negou que os dois realizem grampos ilegais ou quaisquer atividades ilícitas. O advogado disse que os dois trabalhavam com informações públicas e mantinham uma relação profissional e de amizade com Carlinhos Cachoeira.

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– Eles não tinham conhecimento das atividades do mundo empresarial do Carlos. Eles são muito menores, são peixe pequeno.