As autoridades sauditas detiveram sete conhecidas defensoras dos direitos humanos, informou nesta sexta-feira a ONG Human Rights Watch.
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As razões por trás das prisões não estão claras, mas o HRW foi informado de que em setembro de 2017 “a corte real convocou as ativistas mais conhecidas do país (…) para lhes advertir que não falassem com a imprensa”.
“Estas advertências foram realizadas no mesmo dia em que as autoridades anunciaram que suspenderiam a proibição de guiar automóveis para as mulheres”, destacou a HRW.
Entre as ativistas detidas – a partir de 15 de maio – estão Loujain al Hathloul, Aziza al Yousef e Eman al Nafjan, que lutaram durante muito tempo contra a proibição de guiar, que será suspensa no dia 24 de junho, e outros dispositivos que regem a vida das mulheres sauditas.
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“A campanha de reformas do príncipe herdeiro Mohamed bin Salman tem sido um turbilhão de medo para os verdadeiros reformadores que se atrevem a defender publicamente os direitos humanos ou o empoderamento da mulher”, declarou Sarah Leah Whitson, diretora para o Oriente Médio da HRW.
“Parece que o único ‘crime’ que estas ativistas cometeram foi querer que as mulheres guiassem antes de Mohamed bin Salman”, avaliou Whitson.
Nafjan e Hathloul firmaram em 2016 um pedido para abolir este sistema patriarcal que rege a vida das mulheres, segundo o HRW.
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Também participaram da campanha contra a proibição de guiar.
* AFP