A Promotoria saudita pediu – pela primeira vez – a condenação à morte de uma mulher ativista acusada de promover protestos entre a minoria xiita do país, indicou nesta quarta-feira (22) a ONG Anistia Internacional.

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Além de Israa al-Ghomgham, a Promotoria solicitou a pena capital para outros quatro militantes pró-direitos humanos “por sua participação em manifestações contra o governo”, declarou Samah Hadid, a diretora de campanha para o Oriente Médio da Anistia Internacional. “Pedimos às autoridades sauditas que abandonem imediatamente o seu plano”.

A AFP não pôde contactar as autoridades sauditas nesta quarta à noite sobre tais informações.

A ativista Israa al-Ghomgham ficou conhecida ao informar em 2011 sobre as manifestações contra o governo na Província Oriental, onde se concentra a maior parte da minoria xiita, que se queixa com frequência de ser perseguida e marginalizada em um reino dirigido por uma dinastia sunita.

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As autoridades a prenderam em sua casa junto com seu marido, em dezembro de 2015, segundo a ONG Human Rights Watch.

“Condenar Israa al-Ghomgham à pena de morte enviaria uma mensagem horrível: que todos os militantes podem ser atacados da mesma maneira por sua manifestação pacífica e seu ativismo a favor dos direitos humanos”, disse Samah Hadid.

As autoridades prenderam recentemente militantes pró-direitos das mulheres depois de acabar, em junho, com a proibição de dirigir automóveis imposta às mulheres.

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* AFP