O aquecimento global tem ganhado força nos últimos anos e as temperaturas têm subido significativamente. Isso ocorre, principalmente, por conta da liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2), que ocorre quando queimamos combustíveis fósseis. Este é o principal gás do efeito estufa, já que ele absorve e irradia o calor. As informações são do g1.

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Esse aumento de calor tem impactado as temperaturas do ar e da superfície do mar, assim como tem provocado o degelo do Ártico e da Antártida.

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Segundo informações apuradas pelo g1, o mundo quebra recordes de temperatura mensal da superfície do ar desde junho de 2023. “A temperatura média global dos últimos doze meses (maio de 2023 a abril de 2024) é a mais alta já registrada, estando 0,73°C acima da média de 1991-2020 e 1,61°C acima da média pré-industrial de 1850-1900”, cita o g1.

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A superfície do mar também registra, desde abril de 2023, temperaturas cada vez mais quentes, apontam dados do Copernicus, observatório europeu.

Os degelos também são alvo de preocupação. Conforme apurado pelo g1, os últimos três anos, incluindo 2024, registraram os níveis mais baixos de extensão de gelo marinho na Antártica. O mesmo ocorre no Ártico, que desde maio de 2012 tem as menores extensões de gelos

Inclusive, os últimos dez anos foram os mais quentes das últimas três décadas, aponta apuração do g1. Em 2020, por exemplo, foi registrado uma temperatura média global de 1,51ºC acima da média registrada entre 1951 e 1980.

Efeito dos gases

Um dos principais fatores para o aquecimento global acelerado é a liberação de gases que proporcionam “efeito estufa” de calor. Conforme o g1, desde o século 18, quando houve a Revolução Industrial, o mundo passou a queimar grandes quantidades de combustíveis fósseis, responsáveis pela liberação destes gases.

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— Basicamente, 88% dos gases de efeito estufa emitidos nos últimos 10 anos provêm de combustíveis fósseis. Então, podemos dizer que 88% da responsabilidade pelas mudanças climáticas dos últimos 10 anos recai sobre essas fontes — explica a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Gatti, que é especialista em emissão de carbono.

Para Francyne Elias-Piera, que é PhD em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universitat Autònoma de Barcelona e especialista nas regiões polares, a prioridade ainda é a redução das emissões de gases de efeito estufa. 

— Precisamos exigir políticas climáticas ambiciosas, transição para fontes de energia renovável e práticas agrícolas sustentáveis. Além disso, a conservação de habitats, a restauração de ecossistemas e a adaptação às mudanças climáticas são essenciais para fortalecer a resiliência das regiões polares. Pois, como sempre digo, tudo está conectado e se cuidarmos do Brasil, estaremos cuidando das regiões polares — cita Francyne.

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