Todos os dias, mais de 30 cavaleiros usam as pistas e cocheiras da Sociedade Hípica Catarinense, na SC-401, em Florianópolis. São sócios com seus próprios cavalos, atletas que competem nacionalmente ou alunos de todas as idades da escola de equitação. No ano que vem, um público um pouco diferente pode tomar conta dessas instalações. O local foi aprovado pelo Comitê Olímpico Brasileiro para ser uma das sedes aptas a receber delegações que participarão do Rio 2016.

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Segundo o diretor da Vila Hípica, Eduardo Miranda, a expectativa é abrigar nas semanas que antecedem os Jogos atletas de países vizinhos, como Uruguai, Argentina e Paraguai.

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– Além do retorno financeiro, o principal ganho é a troca de experiências com os atletas, treinadores e veterinários de outros países – afirma Miranda.

Antes que alguma equipe olímpica manifeste oficialmente o interesse em treinar aqui, o intercâmbio já acontece anualmente com atletas da própria elite nacional. Nos últimos anos, os cavaleiros Zé Roberto Reynoso, que participou da Olimpíada de Londres, e Vitor Teixiera, medalhista pan-americano, estiveram por lá.

Nessa quinta-feira, foi a vez de o cavaleiro Artemus Almeida, prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg e integrante da equipe que foi à Olimpíada de Atlanta, em 1996, encerrar uma clínica de três dias com 17 atletas locais, como as promessas Gabrielle Berger, quinta colocada no ranking brasileiro mirim de 2014, e Rodrigo Rosa, sexto no pré-junior.

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– Santa Catarina sempre teve ótimos cavaleiros, garotos que se destacam. Todos que fizeram a clínica já competem, então a didática fica muito fácil, no fim você vai só melhorando detalhes – conta Artemus, que no último ano foi campeão por equipes com o Brasil na Copa das Nações de Porto Alegre.

O paulista, de 46 anos, também aprovou a estrutura da hípica:

– Esse picadeiro coberto tem um tamanho ótimo para qualquer tipo de treino, difícil encontrar algo parecido fora de São Paulo. Piso, picadeiro e cocheiras são muito bons, está super apto para receber atletas olímpicos – avaliou.

De aniversário na próxima semana, a hípica de Florianópolis se tornou referência por contar com duas pistas indoor de piso de retalho de lã e areia pouco difundidos no Brasil. Ainda tem 130 baias para cavalos, alojamento, pistas externas para complementar o treinamento dos animais e piquetes (gramados onde podem pastar).

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Já é casa habitual das competições válidas pelo ranking catarinense de hipismo, como a 2ª etapa de 2015, que teve de ser adiada para os dias 17 e 18 de abril por causa de um caso da doença Mormo no interior do Estado. Também sedia alguns torneios nacionais, como o Campeonato Brasileiro de Escolas de Equitação, que ocorrerá em julho deste ano.