Cinqüenta e seis dias após o acidente com a barcaça carregada de bobinas da empresa Norsul, na entrada do porto de São Francisco do Sul, Litoral Norte do Estado, a operação para a retirada da embarcação e do material do fundo do mar foi aprovada pela Capitania dos Portos.
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A empresa de salvatagem Svitzer, da Holanda, será a responsável pela operação. A Capitania e os representantes da empresa holandesa se reúnem nesta quinta-feira para definir o cronograma dos trabalhos. A empresa apresentou um plano técnico para começar a executar o serviço, e a Marinha do Brasil autorizou parcialmente o início, ainda sem data definida.
O delegado da Capitania, o capitão-de-corveta Alexandre Lopes Vianna, diz que todo o plano de salvatagem foi aprovado, inclusive os possíveis riscos da operação.
– Já foi dado autorização para o início dos trabalhos. Os funcionários da empresa holandesa já estão trabalhando na região. É uma operação muito complexa e é preciso analisar todos os detalhes técnicos – explicou.
Mergulhadores da empresa estão analisando as condições do casco da barcaça e das bobinas imersas no mar. A empresa Norsul, responsável pela embarcação, disse, por meio da assessoria de imprensa, que os detalhes dos trabalhos ficarão sob responsabilidade da Capitania dos Portos.
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A Svitzer é uma das grandes empresas no mundo neste tipo de operação. Em 2004, realizou um trabalho no porto de Paranaguá (PR) depois da explosão de um navio chileno, onde ocorreu um grande derramamento de óleo.
Inquérito só em maio
O inquérito naval que apura as causas do acidente envolvendo a barcaça da Norsul só ficará pronto no início de maio. A investigação ainda terá 35 dias para apontar o que teria ocorrido na noite chuvosa de 30 de janeiro deste ano.
O delegado da Capitania dos Portos de São Francisco do Sul, Alexandre Lopes Vianna, preferiu não fornecer muitos detalhes sobre o inquérito.
– O resultado será técnico. Estamos na fase de avaliações navais – resumiu.
O inquérito foi aberto um dia após o acidente e não apontará responsabilidades, mas poderá servir de base para o Ministério Público (Federal ou Estadual) ajuizar uma possível ação.
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Não há mais vestígios de vazamento de óleo da barcaça nas praias da região. A empresa Norsul continua monitorando a orla com algumas funcionários, mas não são mais encontrados borrões nas areias.