Na superfície, a indefinição sobre a confecção dos mapas das emendas. Nos bastidores, uma certa cautela no aguardo dos desdobramentos da operação Blackmail. Com isso, a votação do projeto da LOT ainda em 2016 vai se transformando em uma possibilidade cada vez mais remota, com crescentes chances de adiamento para 2017. O projeto da LOT, em segunda passagem pela Câmara, chegou em junho do ano passado.
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A Câmara ainda não definiu quem fará os mapas das emendas de expansão urbana, se consultores internos ou o pessoal do Ippuj. Sem tais mapas, a votação da LOT não pode ser concluída – essa chamada redação final é só o que falta. Até apareceu a proposta de deixar fora as emendas que precisam de detalhamento, mas como já foram aprovadas, precisam ir adiante. Esse é o primeiro nó, tem outro pela frente: se a LOT for aprovada como está, Udo Döhler já antecipou o interesse de vetar a maioria das emendas de expansão urbana, uma recomendação também do Conselho da Cidade.
Aí a LOT volta para os vereadores e, caso os vetos sejam derrubados, quem promulga é a Câmara, com devida responsabilidade. Mas o tempo talvez seja curto para tudo isso ser feito ainda em 2016. Só nesse terreno já tem enrosco suficiente para prever demora na aprovação. Mas tem mais.
Blackmail
Na decisão sobre as prisões preventivas da Blackmail, em momento algum ao longo das 16 páginas é citada a atuação parlamentar de João Carlos Gonçalves (PMDB), um dos detidos na operação do Gaeco. No máximo, uma citação de que o vereador teria “ameaçado” alguém com CPI na Câmara – o que não quer dizer que a atuação não esteja sendo verificada pelos promotores.
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No aguardo
Mas, por cautela, parte dos vereadores está aguardando a conclusão das apurações do Ministério Público para analisar se não houve algum respingo na LOT. O temor é aprovar algo que possa ser questionado futuramente, embora nenhum dos parlamentares aponte algum indício de irregularidade. E, é claro, tem também um grupo de vereadores que já queria mesmo deixar para 2017.
Aval da ponte
A Secretaria de Patrimônio da União autorizou Joinvillle a tocar a construção da ponte entre os bairros Aventureiro e Jardim Iririú, obra já iniciada. A ponte ajudaria no acesso à escola Wittich Freitag e será um “novo eixo de deslocamento” na zona Leste em direção ao aeroporto.
Homenagem
Foi formada uma comissão para preparar o bicentenário do nascimento de Ottokar Doerffel, em 2018. Na sexta, completaram-se 110 anos da morte dele.
Novo bloco
Em almoço na sexta, PSB e Solidariedade fecharam acordo e vão formar bloco na Câmara de Joinville a partir de 2017, com cinco vereadores, o que dará direito a participar de todas as comissões. O bloco vai apoiar o governo Udo. Na eleição, o PSB foi com Darci e o Solidariedade apoiou Tebaldi.
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No governo
Também está encaminhado acordo para 2018, com os dois partidos apoiando Rodrigo Coelho (PSB) para federal e Patrício Destro (PSB) para estadual. Além dos cinco vereadores desse bloco, a base aliada tem as bancadas do PMDB (cinco) e do PSC (dois). Só aí, já dá 12 dos 19 vereadores. Mais gente será governista.
Vez do PMs
Definida a lotação de novos policiais civis para Joinville, agora é a vez dos policiais militares, com formatura no dia 20 de dezembro. Há uma garantia de permanência na região do pessoal em treinamento no 8º BPM (não exatamente quem está se formando, mas o número) e um reforço. A esperança é da vinda de pelo menos cem novos PMs para a área de 5ª Região Militar (Joinville, Jaraguá, São Bento e cidades vizinhas).
Sem sobras
Assim que assumir na Câmara de Joinville, Richard Harrison (PMDB) pretende propor um índice menor de repasse para a Câmara de Joinville pela Prefeitura. Para o vereador eleito, não faz sentido esperar pelo fim do ano para devolver as sobras, basta deixar o repasse mais adequado.
Orçamento superestimado
Como Joinville tem população entre 500 mil e 3 milhões de habitantes, a Câmara tem direito a gastar 4,5% da receita líquida. No ano passado, gastou perto de 2,5%, equivalente a R$ 32,8 milhões. Desde os anos 90, há sobras no final do ano porque o orçamento do Legislativo é superestimado.
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Akira
O delegado regional de Joinville, Akira Sato, admite a possibilidade de retornar a Florianópolis, mas adianta que nada está definido, nem data nem substituto. Neste momento, o delegado prepara a chegada dos novos policiais. Mas a definição sobre o futuro de Akira não deverá demorar muito, coisa de poucos meses.
Sem contato
Para 2016, não está previsto nenhum contato entre o governador Raimundo Colombo e o prefeito Udo Döhler, pelo menos pelos lados do município. E somente a partir de 2017 a Prefeitura pretende retomar a agenda administrativa, de reforços de pedidos ao governo do Estado. Antes da campanha, os encontros de Colombo e Udo eram realizados quase que mensalmente.
Adiamento
A entrevista coletiva de Colombo prevista para Joinville na sexta ficou para a outra semana por causa da vinda de ministro a Florianópolis. Também foi adiada a vinda de Antonio Gavazzoni na segunda, na Acij. Colombo virá a Joinville para fazer balanço das ações do governo do Estado, em roteiro já iniciado em outras regiões do Estado.
Correção
Richard Harrison esclarece que não foi alguém da assessoria dele que solicitou acesso ao inquérito sobre denúncia na Justiça Eleitoral.
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Mundo dá voltas
Mais forte politicamente, o futuro vice-prefeito Nelson Coelho (PMDB) talvez não tenha esquecido de determinados comportamentos quando deixou o 8º BPM.
A metade
Com os dados entregues nesta semana, a prestação de contas da campanha de Udo mostrou arrecadação de R$ 1,5 milhão, com o próprio candidato bancando R$ 750 mil.