Você está mais confuso que os hormônios de seu filho? Não se preocupe. Zero Hora ajuda você a entender como lidar com o despertar da sexualidade dos pré-adolescentes e adolescentes.
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Preparamos um questionário com algumas dúvidas sobre o tema, que foi respondido pela psicóloga e terapeuta ocupacional Claudine Von Saltiél.
No dia 03 de setembro de 2012, Meu Filho apresentou uma reportagem sobre o namoro entre pré-adolescentes. No dia 11 de setembro, outra matéria apresenta o mesmo tema, porém focado nos adolescentes.
O que fazer se achar indícios de que meu filho esteja se relacionando com alguém (como passar muito tempo no telefone, na internet etc)?
De 10 a 13 anos – Deve ser averiguado com cautela, se internet saber com quem, bloquear acesso alguns sites e investigar o envolvimento de seu filho com a pessoa na qual passa horas conversando, embora seja comum a curiosidade sobre o sexo oposto precisamos estar atentos com quem os jovens mantém contato.
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De 14 a 16 anos – É a fase onde é mais frequente os adolescentes terem curiosidade sobre o sexo oposto, namoros na escola, clube, entre outros, mas mesmo assim sempre é bom estar a par e procurar se informar quem é a pessoa que o mesmo passa horas conversando e ficar atento sobre os relacionamentos que o mesmo está envolvido.
O que fazer se a escola ou amigo ligar dizendo que viu seu filho (a) “ficando”?
De 10 a 13 anos – Procurar conversar com o pré adolescente e verificar com a fonte que trouxe está informação. Avaliar o quanto os pais estão presentes e envolvidos na vida dos filhos para estar a par da realidade e não ficar sabendo pelos outros.
De 14 a 16 anos – Procurar conversar com os filhos, já que deve se ter uma relação de confiança de ambos os lados, sempre procurando orientar e informar o jovem.
O que fazer se meu filho(a) contar que tem namorada(o)?
De 10 a 13 anos – Buscar entender o que o pré adolescente julga ser namoro e observar seu comportamento, se possível manter contato com os pais do outro jovem.
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De 14 a 16 anos – Reagir de forma que propicie o diálogo com possibilidade de comunicação com o jovem, fazendo que o mesmo se aproxime da família para contar sobre seu novo relacionamento.
O que fazer se meu filho(a) contar que quer ter a primeira relação sexual – ou desconfiar disso?
De 10 a 13 anos – Caso já tenha ocorrido, é uma informação preocupante que deve ser bem esclarecida e conversada seriamente com o jovem, já que dependendo da cultura familiar é uma ação precoce que pode acarretar ansiedade para a família e o pré adolescente e posterior arrependimento sobre seus atos.
De 14 a 16 anos – No final deste período, entre 15/16 anos o jovem apresenta uma curiosidade natural sobre o assunto, que pode acabar sendo desvendada no momento da relação. Para isso a família precisa se preparar para este momento, bem como orientar o jovem para que este não venha se sentir culpado e ansioso com a tomada de decisão.
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O que fazer se entrar no quarto de repente e pegar mu filho(a) se masturbando?
De 10 a 13 anos – Atitude natural para a idade, onde a curiosidade sexual inicia primeiramente pelo próprio corpo, saber que o jovem está em seu quarto, em um lugar apropriado para se descobrir e isso deve ser visto com naturalidade e aceitação pelos pais.
De 14 a 16 anos – O mesmo que o anterior. Permitir que o adolescente tenha privacidade para se auto descobrir e aprender consigo mesmo.
O que fazer se meu filho(a) pedir para dormir na casa da namorada(o)?
De 10 a 13 anos – Atitude que deve ser avaliada de acordo com a maturidade e idade, se possível esperar para que esse momento venha acontecer mais adiante, onde os namorados sejam mais maduros para lidar com as consequências de seus atos.
De 14 a 16 anos – Entre 15/16 o desejo de sair e dormir fora, seja na casa dos amigos como de um namorado é natural, porém os pais devem estar atentos as companhias e preferencialmente conhecer os responsáveis pelo outro jovem para que só assim possam sentirem-se seguros para liberar seus filhos para passar a noite fora.
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O que fazer se minha filha quiser consultar um ginecologista?
De 10 a 13 anos – Questionar os motivos sobre esse desejo, mas desde cedo é importante acompanhar a menina para obter orientações sobre seu corpo e as mudanças que ocorrem gradualmente.
De 14 a 16 anos – Deve estimular essa visita para ter um espaço de comunicação entre o profissional e a adolescente que passa por inúmeras transformações corporais e psíquicas que causam dúvidas e angústias naturais para o momento que está vivenciando.
O que fazer se minha filha pedir para tomar pílula ou se eu encontrar camisinhas no armário do meu filho?
De 10 a 13 anos – Nesta fase avaliar a situação, conhecer os motivos e fantasias envolvidas para solicitação do filho(a) e conversar abertamente para esclarecer dúvidas e anseios.
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De 14 a 16 anos – Processo natural, se o jovem tem um parceiro sexual deve sim fazer uso da camisinha ou anticonceptivo, após avaliação com profissionais adequados.
Eu posso deixar ele ir nos deixar ele ir nas festas para sua faixa etária (como baladas para pré-adolescentes, Rei e Rainha do colégio etc.)?
Depende da idade, saber quem estará lá, combinar caronas com os outros pais e estar atento ao retorno no jovem para casa, avaliando seu comportamento e atitudes. Também estar atento aos horários de volta para casa, onde devem ser respeitados e pré-combinados.
Eu posso entrar com o login do meu filho nas suas contas pessoais na internet (como Facebook, Twitter, e-mail) para descobrir mais de sua vida? Ele tem que saber disso ou pode ser escondido?
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O melhor é desenvolver uma relação de confiança e troca entre pais e filhos, essa atitude pode gerar desconfiança e afastamento do jovem por se sentir invadido e observado pelos pais.
Com essas senhas em mão, posso me passar por ele e conversar com seus amigos para descobrir mais de sua vida?
Não é a melhor forma de saber mais sobre seu filho. O importante é manter um canal de comunicação para evitar uma relação baseada na desconfiança e quebra de regras sociais e familiares.
Eu posso ler diários ou materiais que meu filho normalmente não dividiria comigo?
Esse é um material de seu filho, se ele guarda seus “segredos” no diário, não seria adequado investigar a vida do jovem através da invasão de sua privacidade.
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Eu posso obrigar minha filha a ir em um ginecologista?
Não há necessidade de obrigá-la, mas sim conversar sobre a importância de esclarecer dúvidas e saber mais sobre seu corpo em transformação. Muitas vezes a vergonha pode ser o fator que impede a menina de querer ir a consulta.
Eu posso comprar camisinhas e “esquecer” despretensiosamente em cima da cama dele(a)?
Dependendo da idade pode gerar uma relação mais aberta entre filho e pais, porém se for em um momento muito precoce que o jovem ainda não está preparado para discutir sobre a temática da sexualidade pode gerar constrangimento e vergonha para o pré adolescente.
Eu posso buscar os pais da namorada(o) do meu filho(a) para conhecê-los?
Sim, é melhor ter essa aproximação com o namorado, pois assim aproxima seu filho também das relações familiares.