O volume de R$ 2 bilhões de mercadorias e veículos apreendidos pela Receita Federal ao longo de 2012 em todo o país é um recorde histórico, com crescimento de 36,5% em relação ao ano anterior. Em Santa Catarina, o aumento no volume de apreensões foi de 20,82%, o equivalente a R$ 81,28 milhões.

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O que puxou o aumento das apreensões de mercadorias, no ano passado, nos 28 postos de fiscalização da Receita em SC foram os brinquedos (22,8%) e outros artigos variados e não identificados (42,53%). Por outro lado, reduziu drasticamente o número de apreensões de produtos de informática (-84,03%) e eletrônicos (-58,85%).

Foram apreendidos, em SC, 153 veículos, com valor estimado em R$ 3,50 milhões. No país, este tipo de apreensão somou R$ 147,7 milhões (7,29% de todas as mercadorias retidas). Ao longo do ano passado, foram 12.296 veículos apreendidos por contrabando ou fraude no Brasil, 40% a mais do que em 2011.

Os automóveis de passeio foram responsáveis pela maior parcela das retenções, com 5.995 no total. O volume de motos, contudo, foi o que mais cresceu. Passou de 2.341, em 2011, para 5.884, em 2012.

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Em março do ano passado, a Receita barrou a entrada de 40 toneladas de lixo que seriam descarregadas em um terminal de contêineres da região de Itajaí. A carga, que veio do Canadá, estava distribuída em dois contêineres. Em maio, mais de 20 toneladas de lixo, vindo de hotéis e hospitais da Espanha, foram retidos no mesmo município.

Superintendência regional é a mais eficiente do país

A Superintendência Regional da Receita responsável por SC e pelo PR promoveu 176 ações de fiscalização aduaneira em 2012. O grau de eficácia da regional foi de 96%, o que lhe garantiu o primeiro lugar no país.

O número de multas aplicadas em função da tentativa de entrada com produtos ilegalmente em todo o país cresceu 5%, para R$ 137 milhões. Segundo o subsecretário de aduana e relações internacionais, Ernani Argolo Checucci, o crescimento do volume financeiro de bens apreendidos se deve a uma maior fiscalização, mas também ao crescimento das tentativas de envio irregular de mercados ao país.

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– Há um crescimento (do contrabando). Não tem como descartar isso, mas a capacidade da administração de lidar com o problema está crescendo – afirmou o secretário de aduana.