Uma apreensão milionária de cocaína em Itajaí revelou o uso de “laranjas” para compra de imóveis nas praias de Santa Catarina. A investigou resultou no sequestro de seis propriedades nas cidades de Penha, Balneário Piçarras e Navegantes na manhã desta quarta-feira (14).

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A Polícia Federal sustenta que as casas e terrenos foram adquiridos entre 2019 e 2020 por pessoas sem condições financeiras e que os pagamentos eram feitos com o dinheiro do tráfico. A PF ainda não divulgou quanto custaram os imóveis, mas frisou se tratar de “boas” propriedades.

Além do sequestro dos bens, que vão servir de prova para acusações de lavagem de dinheiro e organização criminosa, a polícia também tinha cinco mandados de busca e apreensão para cumprir nessas residências. Porém, não havia nada em nenhuma delas. Todos estavam vazias.

Ninguém foi preso.

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A operação dessa quarta-feira foi batizada de “Citrus Sinensis”, em referência ao nome científico da uma variedade de laranja. Essa investigação começou a partir de uma apreensão de 2,8 toneladas de cocaína em um barco de pesca no Rio Itajaí-Açu, em 2021. A droga seria levada até a África.

O que é sequestro de bem

O sequestro é medida voltada para a retenção de bens móveis e imóveis de pessoa indiciada ou acusada, ainda que em poder de terceiros, quando adquiridos com dinheiro de crime, para que não se desfaça deles durante o curso da ação penal.

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