A apreensão de redes durante o período da piracema (época em que acontece a desova dos peixes) neste verão aumentou 157% , em relação ao verão passado no Oeste de Santa Catarina.

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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Polícia Ambiental de Chapecó, que efetuou a destruição do material apreendido durante o período de defeso, que proíbe a pesca com rede para permitir a reprodução das espécies que migram em direção à nascente do rio, para reprodução.

Um dos principais peixes de piracema no Oeste é o dourado. Entre outubro de 2008 e janeiro de 2009, foram apreendidos 26,3 mil metros de rede. No período anterior, foram 10,2 mil metros. O número de espinhéis triplicou, passando de 1.650 para 5.050. Os equipamentos conhecidos como “esperas” aumentaram de 280 para 900 unidades. E o número de tarrafas subiu de seis para nove.

Todo esse material foi recolhido na bacia do Rio Uruguai, principalmente nos rios Uruguai e Chapecó. De acordo com o comandante do 8º Pelotão de Polícia Ambiental de Chapecó, tenente Robson Xavier Neves, o aumento no volume apreendido se deve a uma intensificação na fiscalização.

O material foi levado até a empresa de tratamento de resíduos da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (Cetric), de Chapecó. O engenheiro sanitarista e ambiental da empresa, Jawilson Machado, disse que o material foi triturado e misturado a outros resíduos, até formar um “bolo” que foi transportado para o aterro sanitário da empresa. Lá, ele deve demorar cerca de 100 anos para se decompor.

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