Um posto de distribuição de maconha era a verdadeira finalidade de um sítio em Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio da DP de Biguaçu, apreendeu nesta segunda-feira uma das maiores cargas da droga registradas nos últimos anos no Estado. Foram 649 quilos. Um golpe de quase R$ 1 milhão no tráfico de entorpecentes.
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Localizado na área rural de Três Riachos, o sítio tem uma estufa de carvão, material produzido na região por meio da queima de madeira, muitas vezes de forma ilegal. A polícia acredita que a estufa servia de fachada para o dono do sítio comercializar maconha.
Vídeo mostra cenas da droga que foi apreendida
Ele colocava tijolos da erva prensada em sacos de carvão e vendia para traficantes menores, que compravam quilos da droga e depois revendiam para outros traficantes que abasteciam bocas de fumo em morros e no “asfalto”, na Grande Florianópolis.
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A movimentação estranha de carros diferentes no sítio chamou a atenção de moradores da pacata região de chácaras, marcada pela agricultura familiar, além da produção de palmito real e carvão. Não demorou para policiais da DP de Biguaçu receberem denúncia de que aquela propriedade, aparentemente idônea, era na verdade um posto de distribuição de maconha.
A primeira denúncia foi há cerca de um ano. Desde então, o dono do sítio é monitorado pela polícia. Ele é conhecido na comunidade de Três Riachos como pai de família, acima de qualquer suspeita. Mas por trás da imagem de “homem de bem” está um dos principais atacadistas de maconha da Grande Florianópolis.
– Pode ser o maior atacadista de maconha da Grande Florianópolis – observou o titular da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Deic e coordenador da operação, delegado Cláudio Monteiro.
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