Com canções de Janis Joplin a Jorge Ben Jor, o Sambô chegou em 2005, mas ao longo do ano de 2012 ocorreu sua explosão. No estilo rock-samba, ao contrário do usual samba-rock, eles conquistam os já amantes do samba e convidam os fãs de outros ritmos a conhecer a nova batida.

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San (voz e pandeiro), Sudu (bateria), Gama (teclado), Julio Fejuca (cavaquinho, guitarra e banjo), Max Leandro (surdo e rebolo) e Zé da Paz (pandeiro) apresentam músicas como Sunday Bloody Sunday, do U2, e Os Cegos do Castelo, de Nando Reis, em formato de roda de samba. Eleito recentemente como Artista Revelação do ano pelo ITunes (aplicativo de música para celular), o grupo apresenta hoje, em Laguna, e amanhã, na Capital, a turnê homônima ao novo álbum Estação Sambô ao Vivo. No dia 31 de janeiro, o show será no Maria’s, em Camboriú.

Ricardo Gama, tecladista do Sambô, concedeu entrevista por e-mail ao Diário Catarinense.

De onde veio a ideia de transformar clássicos do rock em samba?

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Ricardo Gama – Veio do público. Certo dia, enquanto tocávamos sambas somente, uma pessoa que nos assistia pediu para que tocássemos um rock e assim o fizemos, mas com os instrumentos que tínhamos em mãos. A música escolhida foi Mercedes Benz da Janis Joplin.

Como surgiu o conceito de rock- samba e não samba-rock?

Ricardo – Samba-rock é um jeito de se tocar e dançar samba que surgiu com Benjor, Bebeto… onde a guitarra começou a ser inserida no samba e resultou nesse ritmo. O que fazemos é pegar os rocks e pops em geral e tocar da nossa maneira, permitindo a soma da base de percussão do samba. Colocamos o nome de rock-samba justamente pra diferenciar do samba-rock.

Como vocês encaram as críticas dessas releituras?

Ricardo – Numa boa. Só estamos interpretando da nossa maneira canções já conhecidas, todo mundo faz isso há anos. O que às vezes incomoda é a mistura de gêneros, mas levamos numa boa. As pessoas têm que lembrar que somos uma mistura de culturas, assim é o nosso país e se é assim podemos misturar a música também, tá tudo certo.

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Deixem uma mensagem para o público daqui. O que podemos esperar do show?

Ricardo – O que o público pode esperar é muita música, muita mistura e muita vontade de tocar. Assim é o Sambô.

Agende-se

O quê: show Estação Sambô ao Vivo

Quando: hoje

Onde: Tourist Hotel (Laguna)

Quando: domingo, às 22h

Onde: Alameda Casa Rosa (Rodovia Admar Gonzaga, 3.401, Itacorubi, Florianópolis)

Quanto: ingressos a R$ 150, à venda no site Blueticket